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02/06/2010

Anunciadas novas greves de transportes

Os trabalhadores da Transportes Sul do Tejo (TST) estão descontentes com o congelamento salarial decretado para este ano e por isso estiveram em greve dois dias. A adesão rondou os 65% a 70%, segundo o sindicato, e os 33%, de acordo com a empresa.

"Os trabalhadores continuam revoltados. Já há cerca de 10 anos que estão a ver os seus salários desvalorizarem", avançou, ao JN, o coordenador de Setúbal do Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Transportes Rodoviários e Urbanos.

Eduardo Travassos exemplifica com o ordenado dos motoristas. "Auferem 601,75 euros. É um salário que já está ridiculamente muito próximo do salário mínimo", diz, queixando-se da perda de poder de compra.

"Uma empresa que é só a mais lucrativa do país não tem moral para congelar os salários, ainda por cima numa altura em que vão aumentar todas as tarifas, inclusive as do passe social", argumenta, frisando que para Julho estão previstas mais paralisações, mas desta vez parciais.

Apesar de ontem ter sido o sexto dia de greve em 2010, a empresa mantém a posição assumida no início do ano. "Tendo em conta a situação de crise do sector e a conjuntura económica, informámos logo os trabalhadores de que este ano excepcionalmente não haveria condições para aumentos salariais porque preferimos manter os postos de trabalho", adiantou ao JN o administrador António Correia de Sampaio.

O sindicato acusa ainda a empresa de tentar boicotar a greve. "A esmagadora maioria dos trabalhadores foi trabalhar porque foi pressionado", diz Eduardo Travasso. "Seria extremamente difícil pressionar 274 trabalhadores", contrapõe Correia de Sampaio.

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Set%FAbal&Concelho=Almada&Option=Interior&content_id=1583701

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