A Federação Nacional dos Professores (FENPROF) considera que as medidas impostas no acordo com a 'troika' terão "consequências gravíssimas para o país" e apelou aos professores para que participem nas manifestações nacionais convocadas pela CGTP para 19 de Maio.
foto Jorge Caria/Global Imagens |
Mário Nogueira, líder da FENPROF |
"[A] violência das medidas impostas a Portugal abater-se-á impiedosamente sobre os professores e as escolas", escreve a FENPROF em comunicado, dando a conhecer a sua posição sobre as medidas impostas no acordo entre Portugal e a missão do Fundo Monetário Internacional, do Banco Central Europeu e da Comissão Europeia, que permitirá a Portugal receber um empréstimo de 78 mil milhões de euros.
Os efeitos "muito negativos" para a Educação irão fazer-se sentir, de acordo com a organização, especialmente nas condições de organização e funcionamento das escolas e nas condições de trabalho e de vida dos professores e educadores.
A FENPROF critica ainda a falta de clareza quanto ao futuro do financiamento das escolas e lembra que os professores irão ficar cinco anos e meio com tempo de serviço não contado, com salários congelados, com agravamento do IRS devido às limitações nas deduções à colecta e do aumento do desemprego entre esta classe, devido aos constrangimentos na contratação da administração pública.
"Os professores, como os demais trabalhadores, serão ainda vítimas do aumento do custo de vida que resultará do agravamento dos juros bancários, do aumento de preços da electricidade, dos transportes e dos produtos petrolíferos, para além das consequências, para o país e os cidadãos, decorrentes do gravíssimo pacote de privatizações que se pretende impor", acusam.
A organização liderada por Mário Nogueira termina afirmando que a FENPROF "estará presente e apela aos professores e educadores que participem nas manifestações nacionais previstas para 19 de Maio e convocadas pela CGTP".
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