O juízo de instância criminal de Aveiro da comarca do Baixo Vouga tem falta de funcionários e a situação tem sido ultrapassada com o recurso a estagiários.
A situação provoca alguma perturbação no serviços já que os estagiários quando estão "totalmente por dentro do serviço" têm que sair devido ao acabar do estágio", segundo soube o JN junto de fonte judicial.
Este facto, aliado às condições em que os funcionários trabalham, não tem obstado a que o numero de processos no juízo de instância criminal de Aveiro tenha diminuído desde o inicio do ano, segundo disse ao JN o presidente da comarca do Baixo Vouga, Paulo Brandão.
Em Janeiro o juízo de instrução criminal de Aveiro tinha pendentes 329 processos e em Novembro passado eram apenas 177. Este decréscimo também se nota no juízo de instrução criminal de Águeda - 105 processos pendentes em Janeiro e em Novembro passado apenas 95.
Mais de metade dos processos pendentes na comarca do Baixo Vouga dizem respeito a acções executivas, revelou ao JN o presidente da comarca do Baixo Vouga. "As acções executivas aumentaram até Agosto mas agora estão a diminuir" disse o juiz-desembargador Paulo Brandão que salientou que tal facto se deve ao esforço de magistrados e funcionários para harmonizar procedimentos.
Em Janeiro passado estavam pendentes na comarca do Baixo Vouga, com sede em Aveiro, 74318 processos que aumentaram para 76082 em Novembro passado. Destes, 37291 diziam respeito a acções executivas, com o juízo de Águeda a ter no final do mês passado 21068 processos pendentes e o de Ovar 16223. Muitas acções executivas de Águeda são trabalhadas administrativamente em Sever do Vouga assim como processos do Juízo do Comércio de Aveiro. Este teve durante o ano um aumento de processos. Em Novembro estavam pendentes 5010 processos.
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