Dezenas de dirigentes, activistas e delegados sindicais do sector dos transportes e comunicações manifestaram-se hoje em Lisboa para dizer ao Governo que a insistência nos cortes salariais e medidas de austeridade podem levar a novas acções de luta «a curto prazo».
«Nós estamos aqui dizendo com muita clareza que se o Governo, se os patrões do sector dos transportes não arrepiarem caminho, se não alterarem as suas posições em relação aos salários, e de ataque aos direitos dos trabalhadores, estes trabalhadores estarão disponíveis para continuar a sua luta a curto prazo», disse à Lusa o coordenador da Fectrans (Federação dos Sindicatos de Transportes e Comunicações), Amável Alves.
Concentrados esta tarde no Rossio, em Lisboa, dezenas de sindicalistas participaram numa acção que Amável Alves considerou «intermédia» entre a participação na greve geral que aconteceu a 24 de Novembro, e acções futuras, porque, explicou, «se a situação se mantiver, como tudo indica, os trabalhadores irão continuar a sua luta».
O coordenador da Fectrans criticou a decisão do Executivo de levar as empresas públicas do sector a reduzirem os seus gastos, e defendeu que essa medida terá como consequências a redução dos salários e dos serviços públicos prestados pelas empresas.
O dirigente sindical deixou ainda um aviso ao Governo, caso as alterações na legislação laboral, sobretudo naquilo que diz respeito à flexibilização dos horários, se concretize.
«Os trabalhadores estão atentos e se o Governo legislar neste sentido, de certeza que os trabalhadores darão uma resposta firme», disse Amável Alves.
Os dirigentes, activistas e delegados sindicais que ao início da tarde se concentraram no Rossio, seguiram depois em marcha de protesto até ao Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, onde entregaram uma resolução em nome do sector.
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