O comité de empresa da fábrica do construtor automóvel Opel em Figueruelas (no Norte) rejeitou hoje o projecto industrial do comprador Magna, indicou hoje um membro desta organização de trabalhadores.
“A última proposta da Magna foi rejeitada”, declarou Júlio Vela, do comité de empresa e membro do sindicato maioritário UGT, precisando que a próxima etapa seria a convocação de uma greve.
Desde a semana passada, realizaram-se várias reuniões em Espanha, juntando representantes da canadiana Magna, do Governo socialista espanhol, do governo regional de Aragão, e representantes do pessoal, para tentar encontrar um acordo sobre o futuro da fábrica.
A fabricante de componentes automóveis austro-canadiana Magna planeia suprimir cerca de 1300 empregos em 7000 e deslocalizar uma parte da produção para a Alemanha, no âmbito da aquisição da marca ao construtor General Motors.
Greves e manifestações
O comité de empresa tomou a decisão depois de ter considerado que a Magna “não respondera a certas exigências” dos trabalhadores, nomeadamente mais informações sobre o futuro de parte da produção, o número exacto de saídas e as condições das mesmas.
A próxima etapa será a convocação de dias de greves e manifestações, explicou o sindicalista.
A Magna foi escolhida no mês passado pela General Motors para retomar, em conjunto com o banco russo Sberbank, 55 por cento da sua filial europeia em dificuldades Opel. Esta decisão foi criticada por vários países da Europa, porque foi conduzida pelo Governo alemão em pleno período eleitoral.
As negociações em Espanha estão a atrasar o anúncio da transferência de propriedade.
A Opel emprega cerca de 50 mil assalariados na Alemanha, Espanha, Bélgica e Polónia, e também no Reino Unido, sob a marca Vauxhall.
Público.pt - 19.10.09
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