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22/10/2009

Trabalhadores Saint-Gobain reúnem-se amanhã em plenário

Os trabalhadores da Saint-Gobain Glass Portugal, em Santa Iria da Azóia, Loures, vão reunir-se sexta-feira em plenário para discutirem como enfrentar a redução de pessoal que está a ser ser feita na empresa.
"Vamos reunir-nos em plenário durante toda a manhã, nas instalações da empresa, para esclarecer devidamente os trabalhadores sobre os seus direitos, para que possam decidir que resposta dar à proposta de rescisão da empresa", diz Rui Braga, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros.

De acordo com o sindicalista a maioria dos trabalhadores que já foram contactados pela empresa "está disposta a continuar a resistir" ao despedimento.

"Nos últimos dias a empresa tem vindo a contactar individualmente os trabalhadores, mas poucos aceitaram já a rescisão do contrato", diz Rui Braga.

O Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros deu hoje uma conferência de imprensa à porta da empresa para contar aos jornalistas o que se tem passado na Saint-Gobain Glass Portugal.
Os trabalhadores da Saint-Gobain Glass Portugal estão com suspensão temporária do contrato de trabalho (lay off) desde 1 de Maio, pelo período de seis meses, alegamente para que fosse reparado o forno que assegura a produção de chapa de vidro.

Mas há pouco mais de uma semana a Saint-Gobain Glass emitiu um comunicado em que diz que vai prolongar a paragem do forno da fábrica de Santa Iria de Azóia, Loures, e que irá proceder a um plano de reestruturação da mesma que "prevê a racionalização de 50 postos de trabalho" mas assegura que as actividades comerciais e logísticas da empresa serão mantidas.

Na sequência desta decisão da multinacional vão ser despedidos todos os trabalhadores que não sejam necessários à manutenção da empresa, ao seu funcionamento administrativo e do armazém, diz Rui Braga.

Dos 125 trabalhadores efectivos da Saint-Gobain Glass Portugal 35 já tinham aceitado na semana passada a rescisão dos contratos e 40 vão continuar na empresa para assegurar as tarefas não relacionadas com a produção de chapa de vidro.

Restam 50 trabalhadores que, caso não aceitem rescindir o contrato de imediato, a empresa tentará encontrar uma solução nos próximos dois meses.

Rui Braga afirma que a empresa já pediu o prolongamento do lay off para estes trabalhadores para, neste período, tentar encontrar uma alternativa, que pode passar pela rescisão ou pela colocação dos trabalhadores noutra unidade da Saint-Gobain.

Oje.pt - 22.10.09

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