"Vamos reunir-nos em plenário durante toda a manhã, nas instalações da empresa, para esclarecer devidamente os trabalhadores sobre os seus direitos, para que possam decidir que resposta dar à proposta de rescisão da empresa", diz Rui Braga, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros.
De acordo com o sindicalista a maioria dos trabalhadores que já foram contactados pela empresa "está disposta a continuar a resistir" ao despedimento.
"Nos últimos dias a empresa tem vindo a contactar individualmente os trabalhadores, mas poucos aceitaram já a rescisão do contrato", diz Rui Braga.
O Sindicato dos Trabalhadores Vidreiros deu hoje uma conferência de imprensa à porta da empresa para contar aos jornalistas o que se tem passado na Saint-Gobain Glass Portugal.
Os trabalhadores da Saint-Gobain Glass Portugal estão com suspensão temporária do contrato de trabalho (lay off) desde 1 de Maio, pelo período de seis meses, alegamente para que fosse reparado o forno que assegura a produção de chapa de vidro.
Mas há pouco mais de uma semana a Saint-Gobain Glass emitiu um comunicado em que diz que vai prolongar a paragem do forno da fábrica de Santa Iria de Azóia, Loures, e que irá proceder a um plano de reestruturação da mesma que "prevê a racionalização de 50 postos de trabalho" mas assegura que as actividades comerciais e logísticas da empresa serão mantidas.
Na sequência desta decisão da multinacional vão ser despedidos todos os trabalhadores que não sejam necessários à manutenção da empresa, ao seu funcionamento administrativo e do armazém, diz Rui Braga.
Dos 125 trabalhadores efectivos da Saint-Gobain Glass Portugal 35 já tinham aceitado na semana passada a rescisão dos contratos e 40 vão continuar na empresa para assegurar as tarefas não relacionadas com a produção de chapa de vidro.
Restam 50 trabalhadores que, caso não aceitem rescindir o contrato de imediato, a empresa tentará encontrar uma solução nos próximos dois meses.
Rui Braga afirma que a empresa já pediu o prolongamento do lay off para estes trabalhadores para, neste período, tentar encontrar uma alternativa, que pode passar pela rescisão ou pela colocação dos trabalhadores noutra unidade da Saint-Gobain.
Oje.pt - 22.10.09
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