A empresa da Guarda, que fabrica cablagens para o sector automóvel e emprega 950 trabalhadores, anunciou na quarta-feira que vai despedir 500 operários entre o final do ano e o primeiro trimestre de 2010.
O coordenador da USG, em declarações à agência Lusa, exigiu este sábado do Governo e da administração da empresa a aplicação de «um plano integrado de desenvolvimento estruturado para criar medidas que evitem o despedimento» dos trabalhadores.
Honorato Robalo referiu que a «grande preocupação» da USG é «evitar os despedimentos e, sobretudo, a possibilidade do hipotético encerramento da Delphi a curto prazo».
«Será que o grupo Delphi não tem uma perspectiva de deslocalização da própria empresa da Guarda?», questionou Honorato Robalo, que se mostra preocupado com o futuro da fábrica, propondo a sua reconversão.
O dirigente da USG salientou que «a requalificação [dos trabalhadores] é uma medida urgente» para «tentar superar o problema dos despedimentos», recordando que naquele mesmo espaço funcionou antigamente a fábrica Renault e que após o seu encerramento surgiu a actual unidade de cablagens.
Na opinião do sindicalista, os financiamentos do Quadro de Referência Estratégica Nacional (QREN) deveriam ser aproveitados «para a requalificação» da unidade fabril, «mas existindo um plano integrado, com regras de transparência e de obrigatoriedade para a empresa cumprir os deveres».
Honorato Robalo também afirmou que a fábrica é «um elo fundamental para o tecido produtivo do concelho da Guarda» admitindo que os despedimentos provocarão «uma grande chaga social» na região.
TSF - 24.10.09
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