Numa sessão que foi vedada aos jornalistas e que se prolongou até ao princípio da noite, foi o próprio presidente do Conselho de Administração do grupo, João Salvador, a pedir o encerramento da empresa, apesar de, logo no início, uma expressiva maioria (78 por cento) se ter pronunciado pela viabilização, disse à agência Lusa um dos elementos da comissão de trabalhadores.
Francisco Antunes Lopes afirmou que o próprio administrador nomeado pelo Tribunal se pronunciou a favor da insolvência, pelo que vai avançar o processo de despedimento colectivo, retroactivo a 19 de Agosto.
Segundo disse, a maioria dos trabalhadores tem quatro meses de salário em atraso, além do décimo terceiro mês e dos subsídios de férias de 2008 e 2009.
Constituíram-se como credores no âmbito do processo de insolvência um total de 266 trabalhadores (104 sindicalizados), dos cerca de 320 trabalhadores da João Salvador, afirmou.
Os restantes já se encontravam com contrato suspenso ou optaram pelo despedimento com justa causa, adiantou.
Os que ficaram «estavam ligados à casa desde a fundação, tinham raízes», disse.
A empresa tinha entregue no Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação (IAPMEI) um pedido de financiamento de seis milhões de euros.
TSF - 23.10.09
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