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19/10/2009

Bancos espanhóis lucraram mais até Agosto apesar da crise

Os lucros dos bancos espanhóis subiram 3,3 por cento até Agosto, para 7,6 mil milhões de euros, apesar da crise que fez disparar o desemprego, congelou o mercado imobiliário e fez cair para mínimos os níveis de consumo.

Já as caixas de aforro espanholas não acompanharam o ritmo dos bancos e o seu resultado líquido sofreu uma queda homóloga de 32,7 por cento, para 3,4 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Espanha.

O crescimento dos lucros dos bancos que actuam no mercado espanhol para o segundo valor mais alto de sempre, num ano profundamente marcado pela crise, tem por base o aumento da margem de juros, de acordo com o “‘site” financeiro espanhol Invertia, que explicou que as entidades financeiras passaram primeiro a queda das taxas de juro para o passivo (depósitos) do que para o activo (créditos), pelo que, mesmo com um menor volume de negócios, as margens são muito superiores.

Os tectos máximos e, mais relevantes para o caso, mínimos que muitos bancos aplicam no crédito hipotecário também os defendem dos movimentos do preço do dinheiro. E também o aumento do incumprimento foi menor do que previsto, situando-se no conjunto do sector nos cinco por cento.

Em termos globais, os bancos, caixas de aforro e cooperativas de crédito em Espanha lucraram 11,4 mil milhões de euros entre Janeiro e Agosto, 14 por cento menos do que em igual período de 2008 e 36,5 por cento abaixo do resultado obtido em 2007. Porém, este é o terceiro melhor resultado da história da indústria financeira espanhola, cuja economia se defronta com quatro milhões de desempregados.
Público.pt - 19.10.09

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