Os lucros dos bancos espanhóis subiram 3,3 por cento até Agosto, para 7,6 mil milhões de euros, apesar da crise que fez disparar o desemprego, congelou o mercado imobiliário e fez cair para mínimos os níveis de consumo.
Já as caixas de aforro espanholas não acompanharam o ritmo dos bancos e o seu resultado líquido sofreu uma queda homóloga de 32,7 por cento, para 3,4 mil milhões de euros, de acordo com os dados divulgados pelo Banco de Espanha.
O crescimento dos lucros dos bancos que actuam no mercado espanhol para o segundo valor mais alto de sempre, num ano profundamente marcado pela crise, tem por base o aumento da margem de juros, de acordo com o “‘site” financeiro espanhol Invertia, que explicou que as entidades financeiras passaram primeiro a queda das taxas de juro para o passivo (depósitos) do que para o activo (créditos), pelo que, mesmo com um menor volume de negócios, as margens são muito superiores.
Os tectos máximos e, mais relevantes para o caso, mínimos que muitos bancos aplicam no crédito hipotecário também os defendem dos movimentos do preço do dinheiro. E também o aumento do incumprimento foi menor do que previsto, situando-se no conjunto do sector nos cinco por cento.
Em termos globais, os bancos, caixas de aforro e cooperativas de crédito em Espanha lucraram 11,4 mil milhões de euros entre Janeiro e Agosto, 14 por cento menos do que em igual período de 2008 e 36,5 por cento abaixo do resultado obtido em 2007. Porém, este é o terceiro melhor resultado da história da indústria financeira espanhola, cuja economia se defronta com quatro milhões de desempregados.
Público.pt - 19.10.09
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