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08/11/2010

Falências aumentam 7,6%

Até Outubro, já entraram em insolvência mais empresas do que em todo o ano passado
O número de falências atingia, no final de Outubro, 3411 empresas em Portugal, valor que representa um crescimento de 7,64% relativamente a todo o ano passado (3169 casos). Refira-se que em 2008 se registaram apenas 2337 falências.
Estes são os dados apurados pelo Instituto Informador Comercial (IIC), instituição que, desde 1932, contabiliza a mortalidade empresarial em Portugal. Esta informação é recolhida nas publicações obrigatórias efectuadas no Diário da República, sendo de recordar que existe sempre um período mais ou menos extenso em que uma empresa inicia o processo de crise e aquele em que a insolvência se instala. Assim sendo, pode prever-se que a tendência nos próximos meses seja de um crescimento constante dos processos de falência, devido à crise que os operadores económicos enfrentam desde há muitos meses.
Por regiões, persiste uma tendência de essa mortalidade afectar mais a região norte do País (ver texto em baixo) quanto a números absolutos, e a região do Alentejo e Algarve quanto ao crescimento percentual desse flagelo.
Os sectores que registam um maior crescimento percentual de falências são as actividades auxiliares de serviços financeiros e de seguros e operadoras de electricidade, gás e vapor (tendo ambas aumentado 400%), seguidos de actividades de investigação científica (300%) e de fabricantes de material de transporte e de actividades veterinárias (ambos com crescimento de 200% este ano, em relação com todo o ano anterior).
Por outro lado, os sectores de actividade económica onde houve uma descida percentual do número de falências foram as actividades de rádio e TV, de apoio social com alojamento, de fabricação de produtos informáticos, electrónicos, ópticos e de comunicações, e fabricação de produtos petrolíferos refinados. Mas em números absolutos, os sectores com maior número de empresas falidas este ano são o do vestuário, as agências imobiliárias e de construção civil, o comércio a retalho (excepto de automóveis) e os agentes e comerciantes por grosso. Verifica-se, assim, que se mantém uma tendência que vem dos últimos anos, de que os problemas incidem particularmente sobre as empresas da chamada indústria tradicional, poupando as actividades mais inovadoras.
Algumas actividades não registam falências desde 2008, caso das seguradoras e gestoras de pensões, de empresas de descontaminação, de indústrias mineiras e de serviços à aindústria extractiva e de tabaco.

http://dn.sapo.pt/bolsa/interior.aspx?content_id=1705352

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