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11/11/2010

Despedimento na Groundforce custa três milhões em subsídios de desemprego

O dirigente da União de Sindicatos do Algarve classificou  o despedimento colectivo por e-mail dos 336 trabalhadores da Groundforce, em Faro, de "selvagem" e estima que o Governo vá gastar três milhões de euros em subsídios de desemprego.
A Groundforce, empresa detida pela TAP que tem como função assistir companhias áreas em terra, anunciou ontem, quarta-feira, o encerramento da operação em Faro, no Algarve, e o despedimento colectivo de 336 trabalhadores, como resultado das perdas da empresa, estimadas em 20 milhões de euros só este ano.
"Nenhum despedimento é benéfico seja para que país ou região for, mas contas feitas muito por alto dizem-nos que, no mínimo, três milhões de euros por ano vão ser gastos com os subsídios de desemprego se estes despedimentos forem concretizados", estimou António Goulard, em declarações aos jornalistas.
À margem da sessão plenária, que decorreu hoje ao longo de três horas no Aeroporto Internacional de Faro, e que contou com a presença das várias centenas de trabalhadores e de cinco sindicatos da assistência em escala, António Goulard classificou o anúncio dos despedimentos de "selvagem" e violento".
"É um despedimento como nunca se viu na região. É um despedimento violento e selvagem. É um despedimento que vai ter um impacte enorme na economia do concelho de Faro e da região e, a concretizar-se vai engrossar a longa lista de desempregados no Algarve", observou.
O sindicalista afirmou ainda que o "crescimento louco do desemprego" é "extremamente grave" e apela aos algarvios para manifestarem de forma activa a sua solidariedade para com os empregados da Groundforce de Faro.
"É tempo dos algarvios manifestarem a sua solidariedade activa com estes trabalhadores e protestarem e exigirem que parem este crescimento louco na região, porque a região está a ser posta em perigo", apelou António Goulard.
O presidente do Sindicato dos Técnicos de Handling dos Aeroportos, André Teives, anunciou que vai pedir uma audiência ao primeiro-ministro, José Sócrates, repudiando "a atitude do Governo e dos ministérios da tutela que deixaram 336 funcionários fossem despedidos por e-mail".
A Groundforce tornou-se uma entidade independente em 1982, com a autonomização do Departamento de Operações em Terra (DOT) da TAP.
Na década seguinte, em 1992, numa estratégia de expansão e de prestação de serviços a terceiros, é criada a TAP Handling.
No ano de 2005, já com uma nova estrutura, surge a Groundforce Portugal.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1708489

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