Secretário-geral da CGTP reage com pessimismo aos dados do INE. E antecipa «recessão económica».
O secretário-geral da CGTP considerou esta sexta-feira os dados de crescimento económico do terceiro trimestre, divulgados pelo INE, «absolutamente residuais». E antecipou ainda «uma recessão económica».
«São dimensões de crescimento absolutamente residuais em relação àquilo que era necessário face à situação do país», reagiu à Agência Lusa Carvalho da Silva, à saída de um plenário com trabalhadores na Central Termoeléctrica de Sines da EDP.
O secretário-geral da CGTP comentava assim o crescimento de 0,4% do Produto Interno Bruto entre Julho e Setembro, face aos três meses anteriores, e de 1,5 por cento em termos homólogos.
O líder da CGTP afirmou que «também gostava de fazer um discurso positivo» como o do Ministério das Finanças - que disse que estes números vêm «reforçar a justeza» da revisão em alta do crescimento por parte do Governo -, mas que o que há são «sinais frágeis de uma situação que, para o futuro, não está confirmada como podendo sustentar crescimento económico».
«Era bom que aquilo que está projectado permitisse dizer que nós vamos continuar a ter crescimento e que vamos aumentar o nosso crescimento económico».
Mas, o que «preocupa mais» a intersindical «é todo este Orçamento do Estado e aquilo que são as pressões que vêm do seio da União Europeia». Carvalho da Silva defende a «correcção» orçamental como forma de «garantir o crescimento económico».
E rematou dizendo que «o que está previsto é que o país entre numa situação de recessão económica e não de crescimento económico».
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