O valor da dívida não está totalmente apurado, mas fontes sindicais das duas forças garantem que o problema afecta entre 70 e 80% do efectivo. A cada um é devido, em média, cerca de 150 euros, mas há casos em que o valor chega aos mil euros.
Ou seja, a dívida total deverá ascender, neste momento, a cerca de um milhão de euros. E em causa estão apenas os jogos de futebol das divisões amadoras e dos escalões jovens de Norte a Sul do País.
O problema não é novo – nos últimos dois anos o CM noticiou-o também durante o Verão – e está a provocar a indignação de muitos. Sobretudo porque os agentes e militares são obrigados pelos Comandos a prestar este serviço, mesmo nos dias de folga.
"Somos obrigados a perder tempo de descanso e com a família para fazer um gratificado a um domingo à tarde que rende apenas 18,58 euros no caso dos agentes e 22,40 euros no caso dos agentes principais. E depois andamos meses e meses à espera de receber", lamentam.
O CM apurou que o dinheiro destes gratificados provém de um protocolo entre o Ministério da Administração Interna e a Santa Casa da Misericórdia datado da época 1998/99.
António Ramos, presidente do Sindicato dos Profissionais de Polícia, diz que "é inadmissível que todos os anos se repita a mesma situação. O vencimento dos agentes é baixo e muitos dependem destes gratificados para pagar prestações da casa ou a escola dos filhos."
C.M. - 26.07.09
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