Apesar da crise, os quatro grandes bancos privados do mercado português, BES, BCP, BPI e Santander Totta, apresentaram no final da primeira metade de 2009 lucros de 760,7 milhões de euros, uma subida homóloga de 17,4 por cento.
O Santander Totta foi quem apresentou os maiores lucros com 278 milhões de euros, mais 1,7 por cento do que nos primeiros seis meses de 2008, seguido de perto pelo Banco Espírito Santo (BES), que teve um resultado líquido de 246,2 milhões de euros, menos 6,8 por cento do que há um ano.
Em terceiro lugar surge o Millennium BCP, que passou de lucros de 101,4 milhões de euros na primeira metade de 2008 para 147,5 milhões de euros, uma variação positiva de 45 por cento, enquanto que o Banco BPI fecha a lista com lucros de 89 milhões de euros, dez vezes mais do que no mesmo período do ano passado.
A média combinada do resultado líquido dos maiores bancos privados fixou-se em 190,2 milhões de euros, quase mais trinta milhões de euros por instituição do que em igual período de 2008.
Qual a explicação dada para uma subida de lucros em tempo de crise financeira? O esforço na contenção de custos da banca privada nacional foi o factor principal que permitiu superar a fase mais negra vivida no sector financeiro desde a Grande Depressão de 1929, os vários sinais de recuperação não só em termos operacionais, mas também a forte subida em bolsa do sector, a nível mundial, desde os mínimo de Março.
Ainda assim, o discurso dos banqueiros sobre a evolução do negócio -- na divulgação das contas semestrais das últimas duas semanas -- foi bastante cauteloso. Mantêm-se as dúvidas sobre a rapidez da recuperação da actual crise económica.
As atenções viram-se agora para os resultados que a Caixa Geral de Depósitos (CGD) se prepara para apresentar, bem como os cotados Banif e Finibanco.
Público.pt - 30.07.09
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