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28/07/2009

Indústria aumenta produção de medicamentos

Já há empresas farmacêuticas a aumentar a produção de medicamentos de combate aos efeitos da doença, como antifebris, antivirais e antibióticos. Outras preparam-se para reforçar 'stocks', a partir de Setembro, em função do número de casos existentes em Portugal nessa altura. Só entre Abril e Junho a indústria vendeu 944 980 euros de 'Tamiflu' e 'Relenza'.

Há empresas farmacêuticas que já estão a aumentar a produção para assegurar o reforço stocks de alguns medicamentos , como antibióticos, antifebris e analgésicos. E outras preparam-se para o fazer caso se venha a verificar no decurso dos meses de Agosto e Setembro uma evolução significativa do número de casos confirmados de Gripe A em Portugal. O objectivo é ter capacidade de resposta para um aumento da procura de todos os medicamentos destinados a combater a nova estirpe de gripe A e os seus efeitos. Mas não só. Em caso de pico de pandemia também é necessário ter stocks que assegurem a distribuição de medicamentos para todos os tipos de doenças, nomeadamente daquelas que obrigam os pacientes a tomar remédios todos os dias.

A Glaxo, por exemplo, já fez um reforço de stocks de Relenza, um antiviral com eficácia comprovada no combate à Gripe A e está preparada para aumentar a produção de antibióticos e outros medicamentos destinados a várias doenças, caso venha a ser necessário, disse ao DN fonte oficial da empresa. Faz parte dos planos de contingência de uma empresa farmacêutica ter stocks de produtos em número suficiente para garantir a sua distribuição a todos os doentes, numa situação de pico de pandemia, explica a mesma fonte.

O presidente da APIFARMA, a associação representativa da indústria farmacêutica, João Almeida Lopes também admitiu ao DN que algumas empresas já estarão a fazer "um reforço de stocks de medicamentos associados às complicações resultantes da gripe, como os antifebris. Mas mais do que isso, para já, não". Quanto a vendas , diz que a indústria farmacêutica ainda não registou o efeito da Gripe A. "As vendas globais do sector continuam a cair", afirmou. Só daqui por dois três meses, caso se venham a verificar as estimativas dos especialistas, é que a Gripe A poderá ter um impacto positivo no volume de negócios de algumas empresas.

Na opinião, de um responsável da IMS Health, multinacional de consultoria e estudos de mercado na área da indústria, o mês de Setembro será determinante para a indústria. Em função do número de casos de Gripe A existentes em Portugal nesse mês, as empresas já poderão avaliar melhor o reforço de stocks a fazer. Contudo, garante, neste momento algumas já estão a aumentar a produção para fazer face a um crescimento substancial da procura nos meses de Inverno.

Entretanto, só entre Abril e Junho, a indústria farmacêutica em Portugal já realizou 944 980 euros de vendas de vendas de Tamiflu e Relenza, de acordo com dados da IMS - Intelligence Applied, empresa de consultoria e estudos de mercado na área da indústria farmacêutica.

Actualmente, há várias farmácias que já não têm Tamiflu para venda nem o conseguem adquirir. Ao DN, fonte oficial da Roche garantiu que o mercado nacional será reabastecido na próxima semana.

Para as empresas do sector farmacêutico o pico de vendas daqueles dois medicamentos deu-se precisamente nos meses de Abril, e Maio, ou seja, na altura em que foi lançado o alerta de pandemia de Gripe A pela Organização Mundial de Saúde. Em Abril, a indústria vendeu em Portugal 36 659 unidades de Tamiflu e Relenza, o que corresponde a um volume de negócios de 656 722 euros. Em Maio, foram vendidas 13 266 unidades dos dois medicamentos o que significou um valor de vendas da dos 237 mil euros. Já em Junho os números baixaram significativamente.

D.N. - 28.07.09

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