O Sindicato Nacional do Corpo da Guarda Prisional (SNCGP) decidiu hoje realizar uma vigília em Agosto junto do Ministério da Justiça e ameaça marcar uma semana de greve, seguida, em Setembro.
"Caso o governo, a seguir à vigília, mantenha a sua posição, ignorando as nossas reivindicações e o Portugal real do sistema prisional, equacionamos realizar a partir da primeira semana de Setembro oito dias de greve, de quarta a quarta-feira", disse hoje à agência Lusa o presidente do SNCGP, Jorge Alves.
As acções foram decididas numa assembleia-geral extraordinária da organização sindical, que decorreu hoje em Coimbra.
Na vigília no próximo mês, com data ainda por definir, dirigentes e delegados sindicais vão distribuir máscaras e luvas de látex à população, para mostrar "as dificuldades do sistema prisional".
Segundo Jorge Alves, "o governo não tem estado preocupado com a saúde dos reclusos e o apoio aos profissionais da guarda prisional e aos cônjuges, sujeitos a qualquer tipo de infecção", adiantou Jorge Alves.
"Estamos a dar ao Ministério da Justiça a oportunidade de dialogar connosco e resolver os problemas a bem, sem prejuízo para nada nem para ninguém", disse o dirigente sindical a propósito da vigília, ao referir que caso se mantenha a posição do governo, o SNCGP avançará com a convocação da greve para Setembro, nos termos da proposta da direcção aprovada hoje por maioria.
Na assembleia-geral extraordinária, em que participaram, segundo aquele responsável, 200 a 250 guardas, foi também decidido identificar os estabelecimentos prisionais onde são estes profissionais a dar a medicação aos reclusos e recusar a execução dessas tarefas, a não ser que a ordem seja colocada por escrito.
A aposentação a partir dos 55 anos e a melhoria das condições de trabalho são as principais exigências do SNCGP, que defende também o acesso dos cônjuges ao sistema de saúde dos profissionais e critica a redução das convenções neste domínio.
Este mês, os guardas prisionais realizaram dois períodos de greve.
Destak.pt - 25.07.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
26/07/2009
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