O estado norte-americano da Califórnia tem um buraco de 24 mil milhões de dólares (17,3 mil milhões de euros) no orçamento do próximo ano (até Junho de 2010) e o seu governador, o republicano de Arnold Schwarzenegger, já avisou de que estão a caminho mais cortes “dolorosos” na despesa.
Além disso, o secretário do Tesouro deste estado, John Chiang, já alertou para que a Califórnia ficará sem dinheiro o mais tardar em finais de Julho e vaticina que esta será a “pior crise de liquidez desde a Grande Depressão” se o parlamento estadual de Sacramento não encontrar uma solução rápida.
O governador Arnold Schwarzenegger adverte mesmo para a possibilidade de uma “paralisia total dos assuntos do Estado”, e disse na rádio que está a lutar pelo “melhor estado do melhor país do mundo”. A Califórnia foi muito afectada pela crise do crédito “subprime” (de má qualidade), tendo muitas famílias perdido as suas casas.
O diário espanhol “El Mundo”, que dá conta da situação no se “site”, diz mesmo que “as visões apocalípticas de uma ‘Armagedão financeiro’, digna de um blockbuster de Hollywood, converteram-se há algum tempo numa amarga realidade no ‘estado dourado’, que perdeu o seu esplendor”.
Na actual situação de desespero orçamental, a Califórnia já cortou verbas a escolas, asilos de terceira idade, prisões e hospitais. Quase um milhão de crianças de famílias pobres perderam os seus seguros saúde saúde, num estado com 38 milhões de habitantes que antes do início da crise era a oitava maior economia do planeta. O desemprego está em 11 por cento e é dos mais elevados do país.
Para reduzir o enorme défice do estado, está previsto o despedimento de cinco mil funcionários públicos e vão ser fechados parques naturais e praias de surf em São Diego.
Público.pt . 22.06.09
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