Em 2008, apenas 54,3% dos portugueses com idade entre os 20-24 anos tinham concluído pelo menos o ensino secundário, 61,9% das mulheres e 47,1% dos homens. Nos países da UE-27 o valor deste indicador para o total da população é de 78,5%, 24,2 pontos percentuais superior ao verificado em Portugal, muito embora a expressão dessa diferença cambie bastante de acordo com a variável sexo. De facto, enquanto a porção das mulheres portuguesas, com idade entre os 20-24 anos, que concluíram pelo menos o ensino secundário é inferior à média das mulheres na UE-27 em 19,5 pontos percentuais (61,9% contra 81,4%), no caso dos homens esse hiato atinge os 28,6 pontos percentuais (47,1% contra 75,7%). É interessante constatar que, à excepção da Bulgária e Turquia, as mulheres apresentam melhores resultados do que os homens em todos os países incluídos no gráfico 1.
Entre os seis países analisados no gráfico 1 que apresentam para este indicador melhores resultados, cinco fazem parte do grupo dos 10 Estados que integraram a União Europeia em 2004. A Croácia, que pretende integrar-se futuramente na organização, é o país mais bem classificado, com uma taxa de conclusão de um nível de escolaridade igual ou superior ao ensino secundário, por parte da sua população com idade entre os 20-24 anos, de 95,4%.
Embora o resultado de Portugal para este indicador esteja ainda bastante abaixo do registado, em média, nos demais países da UE-27, a verdade é que desde 2000 a amplitude dessa diferença tem diminuído de forma significativa. Pela observação do gráfico 2 percebe-se que o aumento da porção de jovens que concluíram pelo menos o ensino secundário foi, nesse período, bem mais expressivo em Portugal do que na UE-27: aumento de 11,1 pontos percentuais no primeiro caso (de 43,2% para 54,3%), 1,9 no segundo (de 76,6% para 78,5%).
Por outro lado, verifica-se que apesar de a população feminina portuguesa registar ao longo de todo o período valores mais elevados do que a masculina, a diferença entre os resultados destas duas categorias diminuiu 2,4 pontos percentuais no intervalo temporal em causa, de 17,2 pontos percentuais em 2000 para 14,8 em 2008.
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