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25/06/2009

Governo quer extinguir estabelecimentos fabris: Trabalhadores lutam pelo emprego

«Um rude golpe contra os trabalhadores e o País» está a ser executado pelo Governo, com a extinção e oficinas dos estabelecimentos fabris do Exército e da Manutenção, consideraram os operários concentrados, dia 18, junto à Presidência do Conselho de Ministros.

Na resolução aprovada no fim da concentração, em Lisboa, os trabalhadores consideram que o sector agora comprometido pelo executivo PS é «fundamental no apoio logístico e Industrial às Forças Armadas e à independência nacional». Recordando como o Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFA/CGTP-IN), que promoveu esta acção, sempre sugeriu e voltou a sugerir, ao Governo, alternativas viáveis que passam antes pela modernização e a viabilização daqueles estabelecimentos, a resolução salienta que esta luta é também para exigir a valorização das carreiras profissionais, com a correspondentes actualizações salariais, e melhores condições de vida e de trabalho.
Reivindicando uma reestruturação e uma modernização adequada daquelas oficinas e da Manutenção Militar, os trabalhadores também salientam a necessidade de existir «uma gestão competente e responsável», recordando que este é «um sector com viabilidade económica, espaço próprio», havendo a possibilidade de se implementar nos mercados interno e externo.

Secretismo indigno

Afirmando que prosseguirão a luta pela manutenção dos postos de trabalho e em defesa dos seus direitos, os trabalhadores entregaram um abaixo-assinado com as mesmas reivindicações e onde se salienta que «este processo está a desenvolver-se num secretismo inconcebível e indigno de um Estado de Direito democrático, marginalizando os trabalhadores e o seu sindicato representativo, o STEFFAs, com o Governo a agir autocraticamente e em violação ostensiva da Constituição da República. Também avisam que «qualquer vínculo à Função Pública que não seja o da nomeação definitiva e à data de admissão dos trabalhadores é um logro e indicia uma inadmissível tentativa de destruição de direitos, com o claro propósito de lançar os trabalhadores no desemprego».
Avante - 25.06.09

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