A reunião geral foi convocada pela comissão de trabalhadores e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), após os representantes dos trabalhadores terem sido confrontados com propostas de venda de parte das lojas do grupo, na última reunião da Comissão de Credores, realizada a 30 de março, em Lisboa.
De acordo com o CESP, essas propostas “vão no sentido de fechar as lojas, retirar a gestão à administração e liquidar as empresas do Grupo”.
Interessadas em adquirir parte das lojas da cadeia algarvia estarão a GCT, grupo de distribuição sedeado em Palmela - que representa as insígnias retalhistas "Ponto Fresco", "Frescos & C.ª" e a grossista "Elos" - e o Grupo Jerónimo Martins.
Segundo José Carlos Parreiro, da Comissão de Trabalhadores, “é preciso pôr os trabalhadores ao corrente destas intenções em relação a um grupo que tem viabilidade e que só não a alcança por teimosia da Caixa Geral de Depósitos”.
A Alicoop - que detém as empresas Alisuper, Macral e Geneco - conta com 81 supermercados Alisuper, 70 no Algarve e 11 em Lisboa, e quase 500 trabalhadores. Encontra-se em insolvência desde agosto de 2009, devido a dívidas acumuladas de cerca de 80 milhões de euros.
O plano de viabilização, que prevê a reconversão da cadeia Alisuper numa insígnia internacional, tem o aval do maior credor, o Millennium BCP, mas não da Caixa Geral de Depósitos (CGD), que alega já ter “levado o seu nível de apoio até ao limite”.
Desde março, 380 trabalhadores têm os seus contratos de trabalho suspensos, ficando ao serviço apenas 56 funcionários que garantem 16 lojas abertas.
http://www.destak.pt/artigo/59194
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