Sindicato quer descongelar salários e exige o cumprimento de direitos adquiridos. Empresa afirma conceder essas regalias
Trabalhadores da transportadora rodoviária Carris voltam a cumprir greve no dia 27, alegando que a administração "encerrou unilateralmente" as negociações do acordo de empresa e continua a não cumprir os compromissos já definidos no processo.
Um comunicado do Sindicato Nacional de Motoristas (SNM) refere que a paralisação vai durar 24 horas, quando a única greve cumprida este ano, em Março, decorreu apenas durante quatro horas.
Na origem da decisão voltam a estar, segundo os sindicatos, alegadas "violações" do acordo de empresa firmado em 2009, como o incumprimento das obrigações da empresa em caso de doença, a falta de atribuição de licenças devidas, a falta de instalações sanitárias e a instauração de processos disciplinares injustificados.
O congelamento dos salários em 2011, recomendado pelo Governo ao sector empresarial do Estado, é também apontado como justificação.
"Se noutras empresas do sector empresarial do Estado houve consenso com outras administrações, porque não na Carris? Qual o verdadeiro motivo da intransigência?", refere o comunicado.
"O sindicato tudo fez para que a obtenção de um acordo fosse realidade, mas é necessário que a outra parte assim o queira, o que, manifestamente, não foi o caso", acrescenta o SNM.
As acusações têm sido refutadas pela empresa transportadora Carris (ver caixa), segundo a qual a greve de Março teve uma adesão de 8%, enquanto os sindicatos apontavam 50%.
http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1538514&seccao=Sul
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