Os trabalhadores da Alicoop não aceitam o fecho das 16 lojas que o grupo de supermercados ainda mantém abertas. Ameaçam com nova manifestação caso a Caixa Geral de Depósitos mantenha a decisão de não emprestar dinheiro para salvar a empresa.
Ontem, numa reunião extraordinária na sede da Alicoop, em Silves, os funcionários decidiram não abandonar os postos de trabalho e reiteraram a confiança na actual administração, que não querem ver demitida. Em processo de insolvência por dívidas acumuladas de 80 milhões de euros, a cadeia algarvia de supermercados suspendeu recentemente os contratos de 380 trabalhadores. Apenas 56, distribuídos por 16 lojas, se mantêm ainda em funções.
Um estudo de uma consultora prevê a viabilização da empresa através de empréstimos à banca. À CGD caberia um investimento de 1,2 milhões de euros, mas o banco do Estado alega que já o fez anteriormente e excedeu o nível de apoio "até ao limite". "Não é verdade. Sabemos que a Alicoop sempre amortizou os créditos que tinha com a CGD nos prazos previstos", acusa Manuel Guerreiro, do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP). Acredita que, com esta atitude, "ganham terreno os planos liderado pela CGD de encerrar e vender o grupo Alicoop", apesar de existir um plano de viabilização que prevê a reconversão do grupo numa insígnia internacional e que conta com o aval do maior credor, o Millennium BCP.
Os trabalhadores não querem baixar os braços e ponderam realizar uma nova manifestação frente à CGD, em Lisboa, tal como aconteceu a 9 de Fevereiro.
http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Faro&Concelho=Silves&Option=Interior&content_id=1536589
Sem comentários:
Enviar um comentário