A Frente Comum dos Sindicatos da Administração Pública anunciou hoje uma série de acções durante este mês para "combater a política do Governo".
As concentrações, manifestações e plenários começam na próxima segunda feira e prolongam-se até dia 20 de abril.
"Estas acções têm por objectivo prosseguir as formas de luta dos trabalhadores e, neste momento, justificam-se ainda mais, tendo em atenção que nada se alterou nas propostas e nas polÍticas do Governo para a função pública", disse em conferência de imprensa Ana Avoila, coordenadora da frente comum.
Para a sindicalista, "pelo contrário, agravaram-se todas condições de trabalho" e exemplificou: "Neste momento existem pessoas que, por via das alterações ao regime de aposentação, estão a fugir dos serviços", levando ao fecho de secções em vários serviços públicos.
Criticou ainda o sistema de avaliação de desempenho em vigor na administração pública, classificando-o como "um instrumento na mão dos chefes que só promovem os amigos e obrigam os trabalhadores a prolongar horários, sem lhes pagarem horas extraordinárias".
Ana Avoila desafiou ainda os trabalhadores "a darem uma boa participação nas comemorações do próximo 1.º de Maio", já que se "vive um ano importante, tendo em conta as alterações que se fizeram nas relações de trabalho e na legislação laboral".
Confrontada com a frase proferida quinta feira pelo secretário geral da CGTP, Carvalho da Silva - ao considerar o primeiro ministro e o ministro das Finanças uns charlatães -, Ana Avoila afirmou que "o nome charlatão não é mal aplicado".
"Em termos políticos, normalmente falamos em sentido figurado, não para a pessoa. Mas quando antes das eleições se diz uma coisa e agora se diz outra, naturalmente o nome charlatão não é mal aplicado. Pessoalmente, costumo dizer que o 1.º ministro não tomou
chá em pequenino", disse.
As jornadas de luta iniciam-se segunda feira nos distritos de Coimbra, Aveiro e Guarda, seguindo-se Viseu, Bragança e Vila Real (13), Braga e Viana do Castelo (14), Portalegre, Beja e Évora (15), Setúbal, Castelo Branco e Faro (16), Santarém e Leiria (19) e, finalmente Lisboa e Porto (20).
Ana Avoila recordou que, tal como já tinha sido anteriormente referido pelas estruturas sindicais, deverá realizar-se "uma grande manifestação nacional" no final de Maio, em Lisboa.
http://economico.sapo.pt/noticias/frente-comum-percorre-o-pais-com-protestos-contra-o-governo_86353.html
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