"Vamos analisar a situação e que medidas vamos tomar, dado que iremos ter uma reunião com o secretário de Estado" na terça feira, disse à agência Lusa o dirigente do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP), José Carlos Martins.
Os enfermeiros afirmam que o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) desistiu de os afastar dos CODU, propondo turnos das 08:00 às 20:00, o que as estruturas representativas destes trabalhadores não aceitam.
Na reunião de Coimbra, aberta à participação de enfermeiros que trabalham no INEM, vão estar representantes do SEP e da Associação Portuguesa de Enfermeiros de Emergência Pré Hospitalar.
Ambas as estruturas afirmam ter recebido indicações do INEM para os enfermeiros se manterem em funções 24 horas apenas até ao final do dia de domingo, passando a vigorar escalas das 08:00 às 20:00 nos restantes dias do mês, passado o fim de semana da Páscoa.
Os enfermeiros defendem que, além dos médicos, não há outros profissionais habilitados, do ponto de vista clínico, a avaliar as chamadas telefónicas com pedidos de ajuda.
"Mas o médico não consegue tomar decisão clínica sobre todo o volume de chamadas que requer ativação dos meios do INEM. É necessária a presença dos enfermeiros no CODU as 24 horas", sustentou José Carlos Martins.
Fonte do INEM contactada pela agência Lusa afirmou que os turnos se mantêm de 24 horas até nova avaliação da situação, não tendo, porém, indicação de uma data.
A posição dos enfermeiros motivou reações de outras estruturas, nomeadamente da Federação Nacional dos Sindicatos da Função Pública, segundo a qual as dificuldades de funcionamento dos CODU se devem a falta de operadores de telecomunicações e não a eventual saída de enfermeiros.
"Os CODU existem desde os anos 80 e somente desde finais de 2007 é que tiveram enfermeiros na sua estrutura", afirma a federação em comunicado.
Também o Sindicato Nacional dos Profissionais de Emergência Médica (SINAPEM) saiu em defesa dos Técnicos Operadores de Telecomunicações de Emergência (TOTE) que desempenham funções nos CODU.
"As únicas duas classes previstas com competência e funções nestes centros são os TOTE e os médicos. Ambos têm formação específica para efetuar o atendimento, triagem e aconselhamento de pré socorro, bem como a seleção e acionamento dos meios de socorro mais adequados a cada ocorrência, preparando a receção hospitalar dos doentes", defende o sindicato que representa estes profissionais.
http://www.destak.pt/artigo/59193
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