"Lisboa vai ficar sem recolha de lixo até quarta feira e isso irá notar-se e irá ter efeitos até ao resto da semana. A recolha do lixo só deverá ficar normalizada na semana que vem", disse à Lusa o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML), Delfino Serra, a propósito da paralisação iniciada hoje, às 06:00.
Em causa está a reivindicação dos trabalhadores relativamente à atualização do subsídio de insalubridade, um suplemento que se destina aos funcionários que diariamente estão envolvidos na limpeza urbana da capital, no trabalho nos cemitérios (coveiros) e no canil, além de calceteiros, cantoneiros, operários de oficinas e motoristas especiais.
"Desde o início da greve, apenas saiu um carro para recolher o lixo", declarou Delfino Serra, adiantando que estão assegurados os serviços mínimos de recolha junto dos hospitais e mercados, através de duas viaturas.
Garantindo que 95 por cento dos funcionários responsáveis pela recolha do lixo aderiram à greve, o sindicalista disse ainda que os números registados "ultrapassam as melhores expetativas".
Nesse sentido, o STML aguarda "um contacto" da parte da Câmara de Lisboa, dado o presidente da autarquia, António Costa, ter já "mostrado alguma recetividade" relativamente às reivindicações dos trabalhadores, referiu.
"O presidente disse estar disposto a dialogar", declarou Delfino Serra, referindo-se à última reunião de Câmara.
"Já tentámos por todos os meios desbloquear a situação. Agora, vamos ficar à espera", concluiu.
A Lusa tentou ainda contactar com o Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local, a outra entidade envolvida na realização da greve de três dias, embora sem sucesso.
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