Maquinistas em greve depois de colisão de comboios na Bélgica

Os maquinistas dos caminhos de ferro belgas (SNCB) estão hoje em greve, numa reação ao choque frontal de dois comboios na segunda feira, perto de Bruxelas, que fez pelo menos 18 mortos e 162 feridos.

Entre as vítimas da tragédia está um dos maquinistas envolvidos no acidente e os grevistas denunciam a degradação das condições de trabalho, tendo a paralisação surgido espontaneamente, sem envolvimento dos sindicatos.

Segundo a SNCB, a circulação ferroviária está seriamente afetada, com numerosos atrasos, uma vez que maquinistas de oito depósitos do país, incluindo de importantes cidades como Liége, Charleroi, Lovaina e Namur, aderiram à greve.

Independentemente da greve, a circulação de comboios entre Hal, onde se deu acidente, e Bruxelas, estará seriamente afectada durante esta semana.

Os destroços das carruagens acidentadas continuam por retirar dos carris no local do acidente e os trabalhos vão prosseguir ainda por tempo indeterminado.

A colisão frontal de dois comboios na segunda feira às 8:30 (7:30 de Lisboa), em plena hora de ponta, causou 18 mortos confirmados, dos quais um maquinista e 162 feridos, 12 em estado grave.

Este é considerado o pior desastre ferroviário desde 1974, quando um descarrilamento de um comboio fez 18 mortos e 69 feridos.

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