A taxa de desemprego em Portugal atingiu os 9,5 por cento em 2009, depois de ter chegado aos 10,1 por cento no último trimestre do ano.
Este valor médio anual de 9,5 por cento, hoje divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE), representa um agravamento face aos 7,6 por cento de 2008 e fica em linha com as previsões do Governo.
A taxa de desemprego no quarto trimestre situou-se nos 10,1 por cento, valor acima dos 7,8 por cento registados um ano antes e dos 9,8 por cento do trimestre anterior.
Os analistas contactados pela agência Lusa previam que o desemprego no 4º trimestre de 2008 chegasse aos 10 por cento, esperando uma nova degradação na primeira metade de 2010.
De acordo com o INE, no 4º trimestre, a população desempregada foi estimada em 563,3 mil indivíduos, correspondendo a um acréscimo de 28,7 por cento face ao trimestre homólogo de 2008 e a um aumento de 2,8 por cento em relação aos três meses anteriores.
A taxa de desemprego nos homens nos últimos três meses do ano foi de 9,5 por cento, enquanto a das mulheres foi de 10,7 por cento.
No conjunto do ano, a população desempregada situou-se nos 528,6 mil indivíduos, aumentando 23,8 por cento em relação ao ano anterior (101,5 mil indivíduos).
O valor da população desempregada em 2009 é o mais alto das séries disponibilizadas pelo INE (desde 1983) ficando, em termos médios anuais, acima dos valores encontrados em 2008 (427,1 mil desempregados), 2007 (448,6 mil desempregados) e 2006 (427,8 mil desempregados).
A contribuir para a subida homóloga da população desempregada esteve o aumento no número de homens desempregados (76,6 mil indivíduos), que explicou 60,9 por cento do aumento global do desemprego.
De acordo com o INE, o desemprego atingiu todos os grupos etários, mas sobretudo pessoas com 45 e mais anos (54,2 mil) e com idades entre os 35 e os 44 anos.
O aumento no número de desempregados à procura de novo emprego, provenientes do sector da indústria, construção, energia e água e dos serviços e do número de desempregados à procura de emprego há um ano ou mais também explicou, segundo o INE, a subida homóloga da taxa de desemprego.
O aumento da população desempregada em relação ao terceiro trimestre de 2009 ocorreu essencialmente nos homens, nos indivíduos dos 15 aos 24 anos e dos 35 aos 44 anos, no nível de escolaridade completo.
Por regiões, no 4º trimestre, as taxas de desemprego mais elevadas foram registadas nas regiões Norte (11,9 por cento), Algarve (11,8 por cento), Lisboa (10,4 por cento) e Alentejo (10,4 por cento).
Os valores mais baixos foram encontrados nos Açores (7,1 por cento), Centro (7,3 por cento) e Madeira (7,5 por cento).
Face ao trimestre homólogo, a taxa de desemprego aumentou em todas as regiões.
Os maiores acréscimos ocorreram no Algarve (5,1 pontos percentuais) e no Norte (3,2 pontos percentuais).
Em termos das médias anuais, segundo o INE, a taxa de desemprego aumentou em todas as regiões, com as maiores taxas a serem observadas no Norte (11 por cento), Alentejo (10,5 por cento), Algarve (10,3 por cento) e Lisboa (9,8 por cento).
As menores taxas couberam, por sua vez, aos Açores (6,7 por cento), Centro (6,9 por cento) e Madeira (7,6 por cento).
http://economia.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1423092
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