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27/07/2009

Recursos humanos em ciência e tecnologia: Portugal tem o pior registo da UE

Desigualdade de género no que a este indicador diz respeito é transversal a todos os países da UE-27, à excepção da Áustria.

Em 2007, a Holanda e os países nórdicos eram os membros da UE-27 com valores mais elevados ao nível da proporção da população activa, entre os 25-64 anos, constituída por indivíduos com formação superior nas áreas das ciências e da tecnologia ou que desempenhassem uma actividade profissional na qual as qualificações em ciência e tecnologia sejam normalmente invocadas. Nesse ano, os recursos humanos em ciência e tecnologia representavam perto de metade da força de trabalho destes países. Ainda assim, a Suíça apresenta para este indicador um valor mais elevado do que qualquer país da UE-27. Portugal e Roménia são os países da UE-27que pior registo apresentam, embora a Turquia, que pretende vir a integrar a União, tenha uma classificação ainda mai negativa.

Refira-se ainda que, à excepção do verificado na Suíça e na Áustria, a proporção de recursos humanos em ciência e tecnologia do sexo feminino é superior à masculina em todos os países ilustrados no gráfico 1.

O gráfico 2 demonstra que entre 2000 e 2007 houve um incremento do peso relativo da força de trabalho com as características acima mencionadas, quer na UE-27, quer em Portugal. No primeiro caso, passou-se de um valor de 34,0% em 2000 para 39,3% em 2007; em Portugal, a evolução foi muito semelhante: de 17,0% para 22,1%.

Em Portugal, ao longo dos oito anos analisados, as mulheres dotadas deste tipo de perfil têm sempre uma expressão percentual mais significativa em relação aos valores apresentados pelos homens. Por outro lado, a evolução deste indicador é também mais ampla no sexo feminino. Entre 2000 e 2007, houve um aumento de 6,1% do valor deste indicador entre as mulheres e de cerca de 4,0% entre os homens.

Observatório das Desigualdades

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