Em declarações à agência Lusa, Egídio Fernandes, do Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI), afirmou que «a empresa instalou, entre a caldeira e a chaminé, um equipamento que absorve gases de enxofre e os converte em gesso e esta nova instalação tem muito mais trabalho e mais responsabilidade para os trabalhadores».
«Nós queremos que a empresa reconheça que há efectivamente mais trabalho e mais responsabilidades», acrescentou o sindicalista.
O equipamento em causa foi instalado na central termoeléctrica «há cerca de um ano».
«Estiveram cá trabalhadores da empresa que instalou o equipamento e que foram saindo e cedendo as posições aos trabalhadores da ED», lembrou Egídio Fernandes, frisando que para assumirem este acréscimo de funções, «não houve negociações».
«A empresa nunca assumiu a situação, apesar das informações dos trabalhadores de que se tratava de situação pontual e não assumida como tarefa resultante das suas obrigações funcionais, bem como de um acréscimo de responsabilidades e trabalho», argumentou.
A greve abrange um sector de produção em que trabalham 35 técnicos e operadores de pressão térmica, sendo que o sindicalista avançou que, como o Ministério do Trabalho «não chegou a definir os serviços mínimos» e porque têm «sentido de responsabilidade», o SIESI considerou como «serviços mínimos todos os trabalhadores das equipas».
Assim, os trabalhadores «vão estar nos locais de trabalho», mas «não vão estar a desempenhar funções», mantendo apenas o «serviço de vigilância para garantir a segurança».
O responsável pelo SIESI sublinhou ainda que os trabalhadores estão disponíveis para discutir esta questão com a empresa.
TSF - 28.06.09
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