O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Eléctrica do Norte e Centro (STIEN) acusa a empresa Actaris (ex-Reguladora), de Famalicão, de "violar a lei do trabalho". Em concreto, refere que a multinacional do sector de material eléctrico e electrónico tentou impôr um regime de adaptabilidade de horário e que, face à rejeição dos trabalhadores, lhes descontou oito horas no salário. A empresa refuta a acusação.
Segundo explicou o STIEN, em comunicado, só é possível aplicar o regime de adaptabilidade se a maioria dos trabalhadores aceitar - o que, de acordo com o sindicato, não aconteceu das duas vezes que a empresa o propôs.
"Para espanto de todos, a empresa, no pagamento do mês de Junho, descontou aos trabalhadores um valor correspondente a oito horas, com falta injustificada, considerando que, pela proposta que colocou à consideração dos trabalhadores e que estes rejeitaram, estes estariam obrigados ao cumprimento da alteração horária, mandando às malvas as considerações previstas no Código do Trabalho e a decisão dos trabalhadores", diz o sindicato, que comunicou a situação à Autoridade das Condições de Trabalho.
Adélio Oliveira, director geral da Actaris explicou que desde 2006 que a empresa funciona em regime de adaptabilidade de horário sendo os funcionários compensados "monetariamente" pelas horas que trabalham a mais. "A dada altura entenderam que não tinham de o fazer e por isso é considerada falta", disse, invocando o "currículo imaculado" da firma centenária quanto ao cumprimento com os trabalhadores.
O responsável acredita que na base de toda esta "questão" estará o facto da empresa querer acabar com os turnos, para estabilidade económico-financeira, sem recorrer a despedimentos ou lay-off.
J.N. - 04.07.09
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