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03/07/2009

CGTP exige salário mínimo de 600 € em 2013

A CGTP-IN solicitou hoje audiências a todos os partidos políticos, onde apresentará "dez eixos estratégicos de mudança" e exige que seja assumido o compromisso "para a legislatura" de alcançar 600 euros de salário mínimo nacional em 2013.

"Queremos um compromisso para a legislatura de cumprir os valores pré-definidos quanto ao salário mínimo nacional até 2011 (de 500 euros) e a expressão de um compromisso para, em Janeiro de 2013, termos um salário mínimo nacional de 600 euros", afirmou o secretário-geral da intersindical, Manuel Carvalho da Silva.

Falando em conferência de imprensa no final da reunião do Conselho Nacional da Confederação Geral de Trabalhadores Portugueses, da qual resultou um documento com dez "eixos estratégicos para mudar as políticas", Carvalho da Silva frisou que as audiências solicitadas "têm que decorrer, forçosamente, durante o mês de Julho, em período pré-eleitoral".

Outra das exigências da CGTP prende-se com as pensões, matéria relativamente à qual o secretário-geral da Intersindical diz exigir uma "revisão dos critérios de actualização".

"Quanto às pensões, queremos uma revisão dos critérios de actualização [das pensões] porque num contexto de recessão económica apenas estão garantidas, até ao momento, actualizações das pensões mínimas e essa actualização pode mesmo vir a ser posta em causa num agravamento da recessão", considerou Carvalho da Silva.

Instado a comentar a recente declaração do ministro das Finanças, Teixeira dos Santos, segundo a qual Portugal estaria a sair da crise, Carvalho da Silva comentou: "Quanto a essa afirmação, ela é leviana e irresponsável".

"Não estamos a sair da crise, nem no plano interno, nem no plano global", acrescentou.

Carvalho da Silva condenou ainda as políticas que têm sido seguidas pelo Executivo socialista e que, no seu entender, "não são resposta à crise, infelizmente".

"Temos um Governo num país que não sofre apenas das influências da crise internacional mas que tem défices estruturais acumulados - a crise no plano nacional é de muito maior dimensão com nove anos contínuos de divergência em relação à União Europeia. Dizer que em Portugal, que tem uma crise interna maior do que qualquer outro país, se está a encontrar saída para a crise, é ligeireza", opinou.

Destak.pt - 03.07.09

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