A tentativa da administração da Total de quebrar a greve com o despedimento de 647 trabalhadores gorou-se. A multinacional foi forçada a fazer marcha-atrás, face à firmeza e unidade dos operários.
A administração do grupo petrolífero francês Total cedeu a todas as exigências dos grevistas, uma semana depois de ter anunciado o despedimento em massa de 647 trabalhadores que estavam paralisados desde dia 11.
O acordo na refinaria de Lindsey, no Este da Inglaterra, foi obtido na madrugada de sexta-feira, 26, pondo fim não só à greve nesta unidade, mas também a uma série de paralisações de solidariedade registadas por todo o país desde há duas semanas.
Para além da reintegração dos 647 trabalhadores, sumariamente despedidos no dia 19, a companhia comprometeu-se igualmente a readmitir 51 outros operários, despedidos no início de Junho, num momento em que estavam a ser feitos 60 novos recrutamentos.
Os sindicatos anunciaram ainda que foram obtidas garantias de que não haverá sanções contra os milhares de trabalhadores que se solidarizaram com a luta de Lindsey, paralisando o trabalho designadamente na central nuclear de Sellafield e nas centrais eléctricas de Eggborough, Drax et Aberthaw, no terminal de gás de Milford Haven, e na central nuclear de Sellafied.
A Total calculou que, só na refinaria de Linsdey, a paragem na construção da fábrica de dessulfuração custou 100 milhões de euros.
Depois de ter perdido o braço-de-ferro com os operários, um porta-voz da administração declarou-se «feliz» pela conclusão do acordo, esperando que o projecto de ampliação da refinaria possa agora ser concluído «sem novas perturbações nem custos adicionais».
Avante - 02.07.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
02/07/2009
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