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18/01/2011

Dirigentes sindicais garantem que houve agressões

O secretário-geral da Fenprof e uma dirigente do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL) garantiram hoje que a polícia agrediu alguns dos manifestantes que se concentraram hoje em frente à residência oficial do primeiro-ministro.
"Gerou-se uma situação de conflito em que a polícia prendeu duas pessoas, algemando uma delas. Quando uma colega foi socorrer um deles, que se estava a sentir mal, foi violentamente atingida com cotoveladas, com bastões, atirada ao chão", relatou à agência Lusa o seceretário-geral da Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Mário Nogueira.
A dirigente do STAL Helena Afonso confirmou o relato.
"Não estávamos com atitudes desordeiras. Vi um colega a sentir-se mal. Fui agredida, mandada contra a parede, caí no chão", afirmou.
Mário Nogueira e Helena Afonso estiveram hoje, com outros delegados e ativistas sindicais, num plenário junto à residência oficial do primeiro-ministro, onde fizeram um balanço sobre a aplicação das medidas do Governo e aprovaram uma jornada de luta nacional para a segunda quinzena de fevereiro.
De acordo com Mário Nogueira, quando terminou o plenário, alguns dos presentes, com audição marcada na Comissão Parlamentar de Educação, tentaram deslocar-se para a Assembleia da República, mas foram impedidos pela polícia.
"A polícia procurou, com alguma dureza, fazer um cordão e impedir que passássemos. Dissemos por que é que precisávamos de passar e eles começaram a dar alguns empurrões", apontou.
Para Mário Nogueira, esta situação "sem qualquer jeito" começa "a mostrar a intolerância democrática de um Governo e de gente que, neste momento, acha que tem o direito a fazer tudo o que lhe apetece como quer e quando quer".
Já no Parlamento, Mário Nogueira e Helena Afonso relataram aos deputados da Comissão de Educação o que se passou à porta da residência oficial de José Sócrates.
As deputadas do PCP Rita Rato e do Bloco de Esquerda Ana Drago condenaram o ocorrido.
Rita Rato descreveu o sucedido como "mais uma das tentativas de degradação do regime democrático".
Já para Ana Drago, "este tipo de situação é absolutamente intolerável".
Também os deputados do CDS-PP José Manuel Rodrigues, do PSD João Praça e do PS Rosalina Martins lamentaram o sucedido.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1760447&page=-1

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