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20/01/2011

A precariedade e o "fim de trabalho não permanente" (contratos a prazo) são o principal motivo de inscrição nos centros de emprego

Sumarizamos alguns números que permitem obter uma imagem sobre o mercado de trabalho, o emprego dos jovens, a flexibilidade laboral e a desagregação social e de expectativas em Portugal:

  • O desemprego de longa duração aumentou 24,8% em Dezembro do ano passado face a igual período de 2009, repetindo a tendência registada já em 2009, quando comparado com 2008 (+23,3%).  São 226 280 os que procuram trabalho há mais de um ano.
  • Os desempregados de longa duração (inscritos há um ano ou mais tempo) continuam a representar uma grande fatia dos inscritos (41,8%) nos centros de emprego.
  • O número de novas ofertas de emprego em cada mês têm vindo a descer em 2010. Em Dezembro de 2010 foram 6556, ou seja, menos 12,1% de ofertas de emprego do que em Dezembro de 2009.
  • As colocações de desempregados no mercado de trabalho pelos centros de emprego caíram 21% de 2009 para 2010 - de 4142 para 3274.
  • O "fim de trabalho não permanente" (contratos a prazo) continua a ser "uma vez mais o principal motivo de inscrição dos desempregados no continente ao longo do último mês de 2010, representando 44,1% das inscrições efectuadas no decurso do mês de Dezembro de 2010.
  • Segundo dados de 2007 da OCDE, o desemprego de longa duração afecta 51 por cento dos desempregados portugueses com diploma universitário e idades entre os 25 e os 34 anos.
  • O mesmo relatório aponta Portugal como o único país da OCDE que não registou um aumento, entre 1995 e 2007, na frequência do sistema de ensino por parte dos jovens entre os 20 e os 29 anos.
  • Pelo contrário, a percentagem de jovens a frequentar o ensino superior desceu de 22 para 21 por cento entre 1995 e 2007.
Ver:

http://www.precariosinflexiveis.org/2011/01/precariedade-e-o-fim-de-trabalho-nao.html

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