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05/04/2010

Mais de mil empresas em falência

Processos crescem 8,5% em termos homólogos e atingem, sobretudo, os sectores do comércio e da construção.

São já mais de mil as insolvências registadas em território nacional até ao final do primeiro trimestre. De acordo com os dados do Instituto Informador Comercial, desde o início do ano houve 1066 empresas a recorrer a processos de insolvência, o que corresponde a um aumento de 8,55% face a igual período de 2009. Comparativamente a 2008, o acréscimo é de 52,25%. Comércio e construção são os sectores mais afectados, enquanto, que em termos geográficos, os distritos com mais casos são Porto, Lisboa e Braga.

Com 267 empresas inscritas, o comércio por grosso e a retalho lidera a lista dos sectores de actividade com maior número de processos de insolvência. E se é verdade que o comércio por grosso regista uma quebra de 4% face ao ano anterior (144 empresas contra 150 em 2009), já o comércio a retalho sofre um agravamento de 25,51%, passando de 98 para 123 empresas em dificuldades. Números preocupantes, admite o presidente da União das Associações do Comércio e Serviços.

Segue-se o sector da construção civil e da promoção imobiliária com um total de 220 empresas em processo de insolvência, traduzindo a situação difícil de uma indústria que se debate com uma crise que a fez perder 131 mil empregos desde 2002, dos quais 63 mil desapareceram ao longo de 2009. Há menos empresas ligadas à engenharia civil em dificuldades mas, em contrapartida, as que se dedicam a actividades especializadas de construção e à construção de edifícios viram agravar-se em, respectivamente, 32% e 35,29% os casos de insolvência. O que não será de admirar, se tivermos em conta que o sector contruiu 27 mil fogos em 2009, quando o habitual seria construir 114 mil.

Os têxteis e vestuário, a braços com quebras nas exportações de 7% em 2008 e de 15% em 2009, ocupam o terceiro lugar na lista das empresas em dificuldade, com 122 processos de insolvência.

A nível geográfico, Porto, Lisboa e Braga têm 59%dos casos. A situação agravou-se particularmente em Portalegre (passou de 2 para 11), Évora (11 para 20) e Beja (duas para cinco). Melhorou em Leiria (menos sete casos), nos Açores (menos seis) e em Castelo Branco (menos quatro).

http://dn.sapo.pt/inicio/economia/interior.aspx?content_id=1536178


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