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06/10/2009

Terminadas as férias cada vez mais famílias pedem ajuda à Cáritas

São cada vez mais as famílias que, terminadas as férias, recorrem à Cáritas para poder sobreviver. O presidente da instituição sublinha o drama de quem ficou sem trabalho e não tem acesso ao subsídio de desemprego.

O alerta tinha sido dado no final de Agosto e confirma-se que, depois das férias, com o encerramento de mais empresas, aumentou o número de famílias que ficou sem meios de subsistência.

Confrontadas com o desemprego cada vez mais pessoas são obrigadas a recorrer a instituições sociais. Na Cáritas os pedidos de ajuda não páram de aumentar.

O presidente da Cáritas, Eugénia Fonseca, diz que há três tipos de pessoas a pedir ajuda e sublinha o drama de quem não tem acesso ao subsídio de desemprego.

«Está a aumentar a procura nas diferentes cáritas e paróquias, temos três níveis de pessoas nesta situação, que são as pessoas que efectivamente ficaram desempregadas que procuram apoio para encontrar um novo trabalho, as pessoas que apesar de estarem a receber o subsídio de desemprego têm os mesmos encargos e por outro lado temos um drama muito grande os que nem sequer têm acesso ao subsídio», explica.

O presidente da Caritas acrescenta que este é um problema que está a ser vivido em diferentes pontos do país e que já não se limita às primeiras regiões que foram afectadas pela crise económica.

«Começaram por ser o Vale do Ave, o Vale do Tâmega, toda a zona norte do distrito de Aveiro e depois tínhamos sectores de actividade muito fragilizados, os têxteis, os componentes de automóveis, agora está a generalizar-se pelo país», salienta.

Eugénio Fonseca salienta que a «Guarda, Beja, Algarve e Aveiro são zonas muito sensíveis, porque podem não ter em termos de grandes indústrias visibilidade, mas têm tecido de pequenas e médidas empresas», adianta.

Para enfrentar a pobreza envergonhada, a Cáritas vai iniciar ainda este mês a distribuição de vales de refeição.

O presidente do Instituto do Emprego e Formação Profissional afirma que, depois das férias, não houve um aumento significativo do desemprego, mas não prevê melhoras até ao início do próximo ano. Francisco Madelino garante que neste momento a situação está estabilizada.

Francisco Madelino diz ainda que cerca de 70 por cento das pessoas sem trabalho têm acesso ao subsídio de desemprego.

TSF - 06.10.09

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