O desemprego em Portugal continua a níveis recorde: taxa de 10,6% no segundo trimestre do ano, a mesma que nos primeiros três meses. O Instituto Nacional de Estatística (INE) estima que 589,8 mil pessoas estejam sem emprego.
Houve um decréscimo de 0,4% no número de desempregados em relação ao trimestre anterior, mas não foi suficiente para alterar a taxa. O mesmo já não se pode dizer quando se compara o período entre Abril e Junho deste ano com os mesmos meses do ano passado: o número de pessoas sem trabalho cresceu 16,2%, fazendo com que a taxa tenha subido 1,5 pontos percentuais. Na altura, 9,1% da população activa em Portugal (507,7) estava desempregada.
No comunicado, o INE explica que, entre 2009 e 2010, o forte crescimento da taxa foi provocado pelo desemprego entre as mulheres, que disparou, e pelo aumento de desempregados nas faixas etárias acima dos 35 anos, problema que se vem juntar ao já recorrente desemprego elevado entre os mais jovens.
Ainda de acordo com o mesmo organismo, a crise atingiu mais quem tem nível de escolaridade até ao 9º ano do que as pessoas que completaram o secundário ou níveis de ensino superiores.
O desemprego de longa duração também aumento significativamente, atingindo já 91,1 mil pessoas.
O Algarve e o Norte são as regiões mais atingidas pelo flagelo, onde a taxa já chegou aos 12,2%, seguidas pelo Alentejo (11,8) e pela área metropolitana de Lisboa (11). Centro (7,7), Açores (6,2) e Madeira (8,2%) são as regiões que melhor resistiram ao aumento do desemprego.
http://dn.sapo.pt/bolsa/emprego/interior.aspx?content_id=1642938
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