A taxa de desemprego ficou inalterada em 10,6%, mas o número de pessoas a trabalhar caiu. O País não cria emprego.
Desde o início da década que o número de empregados do País não era tão baixo. De acordo com os dados divulgados ontem pelo Instituto Nacional de Estatística, o número de pessoas a trabalhar baixou da fasquia dos cinco milhões no segundo trimestre deste ano. É por isso que, apesar da manutenção da taxa de desemprego nos 10,6%, os economistas contactados pelo Diário Económico não estão optimistas. Até porque, em termos homólogos a taxa de desemprego sofreu um agravamento de 1,5 pontos percentuais.
"Os números mostram que não se está a conseguir criar emprego", sublinha João Duque, presidente do Instituto Superior de Economia e Gestão. "Manter a taxa de desemprego, mas diminuir a população empregada não pode ser considerado um sucesso", defende o economista, criticando assim a reacção do Executivo aos números. O Governo optou por reagir ao lado mais positivo dos números, como por exemplo o facto de, no segundo trimestre, se ter invertido a escalada ininterrupta da taxa de desemprego que se verificava desde o segundo trimestre de 2008.
Quando comparado com o segundo trimestre de 2009, há menos 84.600 pessoas com emprego. Face ao primeiro trimestre deste ano, são menos 17.100 pessoas. E o problema não é só o número de trabalhadores no activo estar a diminuir, é que os empregados também estão a envelhecer: foi nas camadas mais jovens que o emprego mais diminuiu, enquanto entre os empregados com mais de 45 anos até aumentou.
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