A taxa de desemprego no segundo trimestre deste ano manteve-se no máximo histórico de 10,6 por cento que já tinha atingido no primeiro trimestre, estando 1,5 pontos percentuais acima do seu valor no segundo trimestre de 2009, o que representa um aumento de 16,4 por cento.
O valor oficial da população desempregada no segundo trimestre foi estimada em 589,8 mil pessoas, em média, o que representa um aumento homólogo (face ao mesmo período do ano anterior) de 16,2 por cento, de acordo com o INE, que divulgou hoje os dados do seu inquérito trimestral ao emprego.
Os valores do segundo trimestre ocorrem num contexto em que a população activa e a taxa de actividade caíram respectivamente 0,3 por cento e 0,2 pontos percentuais face ao trimestre anterior e se mantiveram face ao trimestre homólogo de 2009. A população empregada recuou 0,4 por cento (menos 2,4 mil pessoas) face ao primeiro trimestre e 1,7 por cento homólogos, o que representa menos 84.600 postos de trabalho.
Estes valores são consistentes com a possibilidade de parte dos desempregados estarem a passar a inactivos, o que pode significar mais desemprego não declarado – o das pessoas que se considera como desencorajadas de procurar trabalho.
As taxas de desemprego no primeiro semestre deste ano constituem um máximo histórico desde que o INE começou a acompanhar o desemprego, no segundo trimestre de 1983, e também desde que há registo nas séries longas do Banco de Portugal, a partir de 1953. Neste último caso, trata-se de desemprego em sentido lato (população activa com mais de 12 anos).
O Eurostat, que também conduz um inquérito ao emprego, tinha no entanto divulgado no final do mês passado os dados relativos a Julho, estimando em 10,8 por cento o desemprego nacional nesse mês, depois de 10,9 por cento em Maio e 10,8 por cento em Abril. Para a zona euro, estes valores são de respectivamente 10,2, 10,1 e 10,1 por cento. A diferença resulta de diferenças metodológicas.
A taxa de desemprego recuou ligeiramente entre os homens, de 9,8 por cento no primeiro trimestre, para 9,7 no segundo, e subiu entre as mulheres, de 11,4 para 11,5 por cento. Entre os jovens, recuou de 22,7 para 20,3 por cento, quando um ano antes era de 18,7 por cento.
O Norte e o Algarve eram as regiões com as taxas de desemprego mais elevadas no segundo trimestre (12,2 por cento em ambas), sendo as mais baixas nos Açores (6,2%) e no Centro (7,7%).
http://economia.publico.pt/Noticia/desemprego-mantevese-no-maximo-historico-de-106-por-cento_1451743
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