O Instituto Nacional de Estatística (INE) revê assim, em baixa, a previsão inicial de estagnação nos últimos três meses do ano passado, "refletindo sobretudo nova informação sobre o comércio internacional (valores nominais e deflatores)", explica o organismo oficial das contas nacionais.
Olhando para todo o ano de 2009, confirma-se que o Produto Interno Bruto (PIB) recuou 2,7 por cento, "após a variação nula verificado no ano anterior". De acordo com o INE, "o contributo da procura interna para esta variação foi negativo (-2,8 pontos percentuais), enquanto o da procura externa líquida foi ligeiramente positivo (0,1 p.p.), refletindo a maior redução em termos absolutos das importações comparativamente à observada nas exportações"
No ano passado, "o comportamento das principais componentes da procura interna foi diferenciado, assistindo-se a uma redução acentuada do investimento, a uma redução moderada do consumo final das famílias e a um aumento do consumo final das administrações públicas. Em termos nominais, o PIB ascendeu a cerca de 163,6 mil milhões de euros, menos 1,7 por cento que no ano anterior", acrescenta o comunicado do INE.
Centrando a análise nos últimos três meses do ano passado, o INE conclui que "o PIB diminuiu 1 por cento em volume face ao período homólogo de 2008 (variações de -2,5 por cento, -3,4 por cento e -3,8 por cento, respetivamente no 3º, 2º e 1º trimestres de 2009). A redução menos intensa do PIB em termos homólogos no 4º trimestre esteve associada ao contributo menos negativo da procura interna, que passou de -2,2 p.p. no 3º trimestre para -1,2 p.p. no seguinte, e ao aumento do contributo da procura externa líquida, que se fixou em 0,2 p.p. (-0,3 p.p. no trimestre anterior)", conclui a nota do INE.
Para este ano, o Governo estima, no Orçamento do Estado e no Programa de Estabilidade e Crescimento, um crescimento do PIB de 0,7 por cento.
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