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12/03/2010

Despedimento já custou a hotel 15 mil euros

A administração do Gaiahotel pagou, ontem, 15 mil euros a uma trabalhadora que despediu em Julho de 2006. Os tribunais deram razão a Albertina Ferreira que, ontem, quinta-feira, na execução da sentença, recebeu a primeira metade.

Quase outro tanto será pago até 26 do próximo mês, tendo ficado penhorados 90 plasmas e as caldeiras do hotel.

Às 15 horas, os representantes legais da funcionária entraram no hotel, com um agente policial e ordem para levar o recheio, como material informático, televisores e também mobiliário. Um camião estava à porta. Porém, após horas de negociação, chegaram a acordo e receberam um primeiro cheque visado de 15 mil euros.

Albertina Ferreira recordou, ao JN, que foi despedida em Julho de 2006 mas, antes, fora suspensa em Dezembro de 2005. A justificação do administrador para o processo foi a de que Albertina Ferreira o insultou, contou a trabalhadora. Garante que "é mentira" e que "isso ficou provado em tribunal". "É por eu ser dirigente sindical", justificou, notando que foi alvo de outros processos, por exemplo, por alegadamente ter "lavado talheres com uma esfregona".

O certo é que recorreu ao Tribunal do Trabalho. Este condenou o Gaiahotel a reintegrá-la nas mesmas condições e a pagar os salários que deixou de receber, subsídios e uma indemnização. A empresa recorreu para o Tribunal da Relação do Porto que, em 2008, confirmou a decisão anterior. E, depois, também para o Supremo Tribunal de Justiça, cujo acórdão de Outubro passado mantém a decisão da primeira instância.

Albertina Ferreira, empregada de andar que faria este ano 21 anos de casa, tem a receber cerca de 27 mil euros. O seu ordenado era de 740 euros ilíquidos.

http://jn.sapo.pt/paginainicial/pais/concelho.aspx?Distrito=Porto&Concelho=Vila%20Nova%20de%20Gaia&Option=Interior&content_id=1516895

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