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13/03/2010

Mais de 200 mil em manifestação contra Berlusconi

foto DAMIEN MEYER/AFP
Mais de 200 mil em  manifestação contra Berlusconi

Uma manifestação juntou hoje na Praça do Povo de Roma mais de 200 mil pessoas contra o governo de Silvio Berlusconi e o decreto lei com que tenta a readmissão da lista do seu partido para a província de Roma e de Lázio.

A concentração, convocada pela oposição de centro-esquerda e que juntou mais de 200 mil pessoas, segundo os organizadores, converteu-se numa festa contra a "deriva antidemocrática" de Berlusconi e o seu Executivo, segundo denunciaram, entre outros, os membros do movimento popular "Pueblo Morado".

"Esta é uma chamada às armas democráticas", disse o líder do partido opositor Itália dos Valores (IDV), Antonio Di Pietro, à chegada ao evento que foi transmitido em directo pela comunicação social italiana.

"Os cidadãos devem estar cada vez mais informados para irem às urnas com conhecimento democrático. O fenómeno Berlusconi é uma anomalia em toda a Itália, que cresceu graças ao sistema de informação, que está nas suas mãos. Tentou fazer crer aos italianos que votando nele estariam melhor, mas quem está melhor é ele e os seus amigos", adiantou.

O protesto deste sábado, que conseguiu reunir tanto os membros de IDV como os da principal formação da oposição, o Partido Democrata (PD), foi convocada por causa da aprovação "in extremis", a 05 de Março à noite, de um decreto lei eleitoral.

Nesse decreto, o Governo de Berlusconi aponta "interpretações" da normativa eleitoral vigente, orientada a facilitar a readmissão das listas, depois dos seus candidatos pela província de Roma nos comícios regionais dos próximos dias 28 e 29 de Março serem excluídos por terem sido apresentadas apenas 45 minutos mais tarde.

O partido governante Povo da Liberdade (PDL) defende que o seu enviado se demorou numa discussão com um adversário político na oficina eleitoral em que devia apresentar a lista, minutos antes de expirar o prazo de apresentação, e acusa os funcionários de boicotarem esta entrega.

O argumento-chave para a aprovação do polémico decreto lei "interpretativo" é que os tempos de apresentação das candidaturas estão "obsoletos".

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/Interior.aspx?content_id=1518489

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