O presidente do Sindicato Nacional dos Técnicos de Emprego, Marçal Mendes, assegurou ter provas de que o IEFP tem apagado desempregados das estatísticas, desde Março de 2008. Marçal Mendes foi ouvido esta manhã pelo Rádio Clube Português
O presidente do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP) admitira, ontem, ter havido, em Março, um erro no cruzamento de dados com a Segurança Social no processamento dos desempregados, tendo sido "apagados" do sistema 15 mil nomes. Mas, Francisco Madelino negou que os números estejam a ser manipulados de forma "reiterada e sistemática" e anunciou a sua intenção de "agir criminalmente" contra o Sindicato, acusando-o de estar a mentir. Já Marçal Mendes diz não temer o que considera ser uma “tentativa de condicionar a actividade sindical”.
Hoje, a oposição vai questionar o ministro Vieira da Silva sobre esta notícia. O líder do Bloco de Esquerda, Francisco Louçã, revelou, na Maia, que o BE irá apresentar documentos que comprovam que o ‘apagão’ no número de desempregados inscritos nos Centros de Emprego “não foi caso único”, de acordo com a Lusa.
O deputado explicou que os números foram “apagados para reduzir a verdade do desemprego” e que na origem do ‘apagão’ está um “registo de um gestor de sistema que fez um procedimento para fazer desaparecer um certo número de desempregados”.
Esta polémica foi denunciada através de uma carta anónima enviada por "e-mail" para o Sindicato Nacional dos Técnicos de Emprego (SNTE). Nela, uma fonte interna do instituto diz que o IEFP tem vindo a anular inscrições com base na mudança de categoria de desempregados para empregados em algumas horas.
Público.pt - 19.05.09
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