A reunião desta manhã entre a administração e a comissão de trabalhadores da Autoeuropa correu mal e a empresa terminou as negociações, noticiou o "site" da Rádio Renascença.
Em causa terão estado as divergências relativamente à forma de pagamento do trabalho ao sábado.
Em discussão estavam formas de flexibilização dos tempos de trabalho propostas pela administração. Uma delas admitia a continuação do trabalho em dois turnos, com a possibilidade de as semanas de trabalho terem apenas quatro dias de laboração em alturas de quebra ou passarem a seis dias, em picos de produção. Esse cenário implicava trabalho ao sábado, até ao máximo de oito dias por ano, mas, para a administração, esses dias deveriam ser pagos como dias de trabalho normal.
A comissão de trabalhadores, segundo a Renascença, que ouviu uma fonte sindical, aceitava a laboração em oito sábados, mas pretendia que esses dias continuassem a ser considerados como trabalho suplementar: uma parte seria paga em dinheiro, a outra em tempo, a creditar num banco de horas.
O director-geral da Autoeuropa disse anteriormente que, sem acordo, a partir de Agosto, depois das férias de Verão, a fábrica da Volkswagen de Palmela passaria a trabalhar apenas com um turno. Essa decisão poderia ter consequências para os trabalhadores, a começar pelos contratados que poderão não ver o seu contrato renovado.
Além disso, centenas de outros trabalhadores poderão entrar em regime de "lay-off" e mesmo os que continuarem a trabalhar normalmente poderão ver o seu vencimento reduzido em cerca de 15 por cento, o equivalente ao subsídio de turno.
Público.pt - 20.05.09
À procura de textos e pretextos, e dos seus contextos.
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário