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21/05/2009

Sindicato apela aos polícias para entregarem bonés na residência do primeiro-ministro

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia apelou esta quinta-feira aos polícias para entregarem os bonés da PSP junto da residência oficial do primeiro-ministro a 08 de Junho, caso não seja dada resposta às suas reivindicações.

"Não sendo dadas respostas pelo Governo até ao próximo dia 08 de Junho, vamos entregar os nossos bonés da PSP junto da residência oficial do primeiro-ministro, como forma de mais uma vez demonstrar a indignação e a revolta", disse o presidente da ASPP, Paulo Rodrigues, no final de uma manifestação de polícias em Lisboa.

Mais de oito mil polícias manifestaram-se hoje em Lisboa, protesto em prol de um estatuto profissional "digno" que superou as expectativas dos sindicatos. Em Portugal há cerca de 22 mil polícias.

Entre os Restauradores e a Praça do Comércio, onde fica situado o Ministério da Administração Interna (MAI), os polícias manifestaram-se numa marcha lenta para dizerem "não" à proposta do estatuto profissional apresentado pelo MAI e para exigirem uma "negociação".

Os sindicatos querem que o Governo introduza no novo estatuto a criação de uma tabela remuneratória "justa e adequada" à exigência do serviço, a exclusão da PSP da Lei de Vínculos, Carreiras e Remunerações da Função Pública, a inclusão dos cônjuges nos serviços de saúde da PSP, a pré-aposentação aos 55 anos de idade ou 36 de serviço e a atribuição do subsídio de risco a todos os Profissionais da PSP.

A manifestação reuniu pela primeira vez em 20 anos os nove sindicatos da PSP.

A presidente da Associação Sindical dos Oficiais de Polícia, Anabela Alferes, disse à Lusa que participou no protesto para pedir ao ministro da Administração Interna, Rui Pereira, "mais compreensão às dificuldades" que os agentes, chefes e oficiais enfrentam face à criminalidade.

Ressalvando ter esperança de que "algumas das reivindicações" ainda sejam tidas em conta pelo ministro Rui Pereira, a subintendente Anabela Alferes considerou que a proposta do estatuto profissional "não beneficia em nada" os oficiais que "vieram da base e que passaram pela carreira de agentes e chefes".

J.N. - 21.05.09

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