Os pilotos da PGA - Portugália Airlines preparam-se para avançar com dez dias de greve, entre 04 e 13 de Junho, segundo documentos a que a agência Lusa teve acesso.
A decisão dos pilotos foi tomada quarta-feira durante uma assembleia-geral do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), "após uma ronda de negociações sem sucesso, que incluiu três reuniões com a administração" da companhia aérea, lê-se num comunicado do SPAC a que a Lusa teve acesso.
Os pilotos da PGA reivindicam a adopção de um Regulamento de Utilização num contexto "seguro e sustentável, através da instituição dos mecanismos de dissipação da fadiga recomendados".
No entanto, o SPAC afirma, num comunicado a que a Lusa teve acesso, que a proposta final da administração da PGA "recusa a extensão da cobertura do seguro de saúde para o limite da vida activa dos pilotos (65 anos)".
A proposta da administração da companhia aérea detida na totalidade pela TAP prevê também a "total liberdade para alteração de folgas e férias" e "estipula sete dias de trabalho consecutivos, depois de em sede negocial ter concordado com seis dias".
No pré-aviso de greve emitido na quarta-feira, o sindicato afirma que a proposta de regulamento de utilização da empresa "é inaceitável, porque pretende co-responsabilizar os pilotos e o SPAC com regras de prestação do trabalho dos pilotos objectivamente inseguras e desalinhadas com a legislação do trabalho em vigor em Portugal".
O SPAC acusa ainda a administração da PGA de continuar "indisponível para assumir as suas responsabilidades, procurando desvalorizar de um modo imprudente os riscos de fadiga e as normas internacionais da sua recuperação".
Os pilotos da PGA já realizaram seis dias de greve este ano.
A PGA é detida pela companhia aérea TAP, mas tem uma administração autónoma.
A PGA conta com 150 pilotos e uma frota de 16 aviões.
SIC - 29.05.09
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