A Mundiveste, uma empresa de confecções de Oliveira do Hospital, deixou de produzir esta semana devido à quebra de encomendas. O administrador conta retomar a produção e manter os 56 postos de trabalho.
A unidade de confecções Mundiveste, em Oliveira do Hospital, suspendeu a laboração no início da semana. Sem sinais de dívidas, mas a braços com a quebra de encomendas, a empresa, em laboração há 36 anos, viu-se obrigada a suspender os contratos de 56 trabalhadores.
"Tinha tudo programado até às férias, mas as vendas baixaram a nível mundial e houve um cancelamento repentino de encomendas", referiu o administrador Manuel Dinis, contando que "assim era impossível continuar a trabalhar". Decidido em dar continuidade à empresa e recusando falar em encerramento, o administrador conta retomar a laboração e manter os postos de trabalho. "Tenho estado a fazer contactos e, entre Agosto e Setembro devemos voltar a trabalhar", sustentou.
A quebra de vendas registada a nível mundial não tem passado ao lado da unidade de confecções de Oliveira do Hospital que, com colecções e marcas próprias tem mantido o seu produto numa rede de lojas a nível nacional e apostado na prestação de serviços no mercado externo. A "má globalização que não salvaguarda os interesses dos empresários" e a "concorrência desleal" proveniente de países fora da União Europeia, são referenciadas por Dinis como as causadoras da crise, que a assola o sector têxtil e das confecções. "Produzem calças a quatro euros e três euros e meio. Assim é impossível", lamentou, garantindo que o lema da Mundiveste sempre foi o de manter as contas em dia quer com os trabalhadores, quer com o fisco e Segurança Social.
Fátima Carvalho, do Sindicato do sector têxtil e das confecções de Coimbra, acredita que a empresa "tudo está a fazer para retomar a actividade".
J.N. - 29.05.09
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