Os Trabalhadores Social Democratas (TSD) declararam-se hoje "solidários" com as medidas das organizações sindicais para contestar o "pacote de austeridade" que penaliza os trabalhadores e introduz "tendências recessivas na economia".
Questionado sobre a adesão à greve geral convocada pela CGTP para o dia 24 de Novembro, o dirigente dos TSD, Pedro Roque, destacou que esta organização está "solidária com as medidas" das restantes organizações dos trabalhadores e criticou "as contradições" do Governo.
"O Governo ganhou as eleições com base num cenário cor de rosa, afastou as hipóteses de redução salarial e, de um momento para o outro surge um pacote brutal [de medidas] que penaliza os trabalhadores e introduz tendências recessivas na economia", salientou.
Para Pedro Roque, "o PEC II [medidas de austeridade anunciadas em maio] seria suficiente se tivesse sido cumprido", mas a "política económica do Governo não inspira confiança nos investidores e nos mercados e faz com que a despesa seja galopante".
O Governo anunciou, na quarta feira, um conjunto de medidas de austeridade com o objectivo de consolidar as contas públicas, que incluem, por exemplo, o corte de salários de 5 por cento na Função Pública, o congelamento das pensões em 2011 e o aumento em dois pontos percentuais do IVA, que passará a ser de 23 por cento.
O dirigente dos TSD considerou, no entanto, que "a cura pode ser de tal maneira que pode fazer com que o doente não sobreviva", acrescentando que as novas medidas de austeridade vão tornar mais difícil qualquer tipo de retoma económica.
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