CGTP promete intensificar luta

O secretário-geral da CGTP prometeu ontem a intensificação e a ampliação da luta dos trabalhadores perante os milhares de manifestantes que ontem desfilaram entre o Marquês de Pombal e a Assembleia da República. Carvalho da Silva desafiou todos os portugueses a continuar a luta, mas escusou-se a comentar uma eventual greve geral em protesto contra as medidas de austeridade.

PROTESTO ENCERRA ESCOLAS

Devido ao pessoal que se deslocou até Lisboa, para participar na manifestação de protesto, 37 escolas no Algarve não funcionaram ontem, de acordo com os números do Sindicato dos Professores da Zona Sul. Em alguns casos, até havia professores, mas como não havia pessoal auxiliar suficiente, as direcções optaram por não abrir as portas.

O protesto também se fez notar nas escolas do Norte do País. Na área da Direcção Regional de Educação do Norte cerca de 50 estabelecimentos ficaram fechados devido à falta de pessoal. E também houve escolas encerradas em Lisboa e Vale do Tejo. O Ministério da Educação reconheceu que 24,91 % do pessoal faltou por aderir à jornada de protesto, mas recusa revelar quantas escolas acabaram por encerrar. Inúmeros pais foram obrigados a ficar com os filhos após as direcções dizerem que as escolas estavam fechadas. 

CERCA DE 20 MIL NAS RUAS DO PORTO

"Sócrates escuta, os trabalhadores estão em luta", ouviu-se gritar ontem no Porto. O primeiro-ministro foi o alvo principal da manifestação que juntou cerca de 20 mil pessoas oriundas do Norte e Centro do País. Trabalhadores da Função Pública do sector têxtil do Vale do Ave foram das maiores representações. Partiram de duas zonas da cidade e uniram-se num único protesto na avenida dos Aliados.

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