As oito centrais sindicais francesas convocaram para Outubro duas novas jornadas de luta em todo país, dando continuidade ao protesto gigante de dia 23, que voltou a mobilizar cerca de três milhões de pessoas em 231 cidades.
A greve geral de dia 23, tal como o protesto anterior de dia 5, registou uma expressiva adesão dos trabalhadores, paralisando os transportes, as escolas, serviços públicos, bem como parte importante dos diversos sectores de actividade.
Nesta que foi a quinta greve geral realizada este ano contra o aumento da idade mínima de reforma, cerca de três milhões de pessoas voltaram a manifestar-se nas ruas de todas as principais cidades.
Na capital, Paris, um enorme desfile juntou cerca de 300 mil pessoas. Importantes manifestações tiveram igualmente lugar em Marselha (220 mil), Toulouse (120 mil), Nantes (80 mil), Montpellier (60 mil), Lyon (36 mil), Estrasburgo (20 mil), entre outras.
Ignorando os protestos, o governo de Sarkozy insiste no seu projecto, que eleva dos 60 para os 62 anos a idade mínima de reforma e dos 65 para os 67 anos o acesso à pensão completa. Esta proposta, entretanto já aprovada no parlamento, deverá ser discutida no Senado a partir de 5 de Outubro, e muitos acreditam que o governo não irá recuar.
Porém, as sucessivas mobilizações maciças demonstram que os trabalhadores franceses estão dispostos a prosseguir a luta. As próprias sondagens indicam que 70 por cento dos franceses se opõem à diminuição de direitos de aposentação e estão solidários com os protestos.
É possível vencer
Dando expressão à disponibilidade de luta das massas e convictas de que é possível obrigar o governo a recuar, as oito centrais, reunidas dia 24, convocaram duas novas jornadas, a primeira para dia 2 de Outubro, um sábado de luta, e a segunda para dia 12 (terça-feira), com greves e manifestações em todo o país.
Numa declaração conjunta em que fizeram o balanço de dia 23, as direcções sindicais assinalam «um largo apoio da população» e uma crescente adesão dos trabalhadores, designadamente dos «jovens e das mulheres». «A desmobilização [que o governo previa] não ocorreu».
Pobreza ronda oito milhões
O número de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza em França atingiu os 7 milhões e 836 mil pessoas, em 2008, segundo revelou na terça-feira, 28, o instituto nacional de estatística gaulês (Insee).
De acordo com o estudo mais recente, a pobreza afectava 13 por cento da população, que vivia há dois anos com menos de 950 euros mensais, nível que é semelhante ao registado em 2007. Porém, metade das pessoas abaixo do limiar da pobreza vivia, em 2008, com menos de 773 euros por mês.
http://www.avante.pt/pt/1922/europa/110624/
Nesta que foi a quinta greve geral realizada este ano contra o aumento da idade mínima de reforma, cerca de três milhões de pessoas voltaram a manifestar-se nas ruas de todas as principais cidades.
Na capital, Paris, um enorme desfile juntou cerca de 300 mil pessoas. Importantes manifestações tiveram igualmente lugar em Marselha (220 mil), Toulouse (120 mil), Nantes (80 mil), Montpellier (60 mil), Lyon (36 mil), Estrasburgo (20 mil), entre outras.
Ignorando os protestos, o governo de Sarkozy insiste no seu projecto, que eleva dos 60 para os 62 anos a idade mínima de reforma e dos 65 para os 67 anos o acesso à pensão completa. Esta proposta, entretanto já aprovada no parlamento, deverá ser discutida no Senado a partir de 5 de Outubro, e muitos acreditam que o governo não irá recuar.
Porém, as sucessivas mobilizações maciças demonstram que os trabalhadores franceses estão dispostos a prosseguir a luta. As próprias sondagens indicam que 70 por cento dos franceses se opõem à diminuição de direitos de aposentação e estão solidários com os protestos.
É possível vencer
Dando expressão à disponibilidade de luta das massas e convictas de que é possível obrigar o governo a recuar, as oito centrais, reunidas dia 24, convocaram duas novas jornadas, a primeira para dia 2 de Outubro, um sábado de luta, e a segunda para dia 12 (terça-feira), com greves e manifestações em todo o país.
Numa declaração conjunta em que fizeram o balanço de dia 23, as direcções sindicais assinalam «um largo apoio da população» e uma crescente adesão dos trabalhadores, designadamente dos «jovens e das mulheres». «A desmobilização [que o governo previa] não ocorreu».
Pobreza ronda oito milhões
O número de pessoas que vivem abaixo do limiar da pobreza em França atingiu os 7 milhões e 836 mil pessoas, em 2008, segundo revelou na terça-feira, 28, o instituto nacional de estatística gaulês (Insee).
De acordo com o estudo mais recente, a pobreza afectava 13 por cento da população, que vivia há dois anos com menos de 950 euros mensais, nível que é semelhante ao registado em 2007. Porém, metade das pessoas abaixo do limiar da pobreza vivia, em 2008, com menos de 773 euros por mês.
http://www.avante.pt/pt/1922/europa/110624/
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